Sair para ver o por do sol das cidades que visitamos é quase uma tradição. No melhor sentido da palavra, o que fazemos por ancestralidade, instinto e cuja razão é praticamente desconhecida. E que prazer alguns pores do sol nos causam e que decepção outros…
O por do sol de Cartagena das Índias foi o mais bonito que já vimos e olha que a concorrência é farta.
Um amarelo ouro que se fecha em laranja intenso para morrer em cor de rosa ou magenta. Além do mar, o céu de Cartagena também ajuda a difusão das cores do pôr do sol, perdurando por vários minutos após desaparecer no horizonte.
Bar do Hotel Charleston Santa Teresa. Em frente à muralha, mais próximo da Torre do Relojo, se tem a vista para o Muelle de los Pegasos. Tem um ambiente mais formal, em virtude do próprio hotel, um dos mais famosos cinco estrelas da cidade.
O movimento é maior no Café del Mar, alguns baluartes à direita.
Às cinco horas da tarde já foi difícil encontrar uma mesa, todos aguardando ansiosamente o pôr do sol, um verdadeiro acontecimento, com direito a palmas finais à natureza pelo espetáculo.
Tomamos um Salvignon Blanc olhando para este rosa espetacular, ao som de música ambiente. Sensacional!
O Convento Santa Cruz de la Popa é o santuário da Virgem da Candelária, um pouco distante do centro histórico, onde só é possível ir de táxi.
Chegamos às 17horas, exatamente no momento do fechamento e quase não conseguíamos entrar. Assim, não é um bar ou um local para se ver o pôr do sol, mas um convento com uma excelente vista. Deve-se chegar mais cedo para evitar perder a viagem e aproveitar para conhecer o Museu de la Popa.
Foi nosso último por do sol em Cartagena e, talvez por isso, o que nos deu a vista mais dramática da cidade. Se tem o mar, a cidade antiga, a cidade nova, os muelles, uma verdadeira panorâmica da enorme Cartagena.
Parece que “Dali se avistavam as torres de todas as igrejas, os telhados vermelhos das casas principais, os pombais adormitados pelo calor, as fortificações militares perfiladas contra o céu de vidro, e o mar ardente”.
Gabriel G. Márquez, Do Amor e Outros Demônios.
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