2 Em África do Sul/ Mossel Bay

Rota Jardim, de Franschhoek à Knysna

Li  muito sobre a Rota Jardim, o trecho da estrada N2 entre Mossel Bay e Tsitsikama Park, para onde vão os turistas (só perde para Cidade do Cabo e Kruger Park). Esta estrada é considerada um patrimônio nacional por margear as praias mais importantes da África do Sul em número de visitantes.
 
A completa surpresa, porém, foi o belo trecho antes do início da Rota Jardim, exatamente a estrada que liga Franschhoek a Mossel Bay, nossa primeira parada. Logo na saída de Franschhoek muitos babuínos. Fiquei imaginando se eles nos guardaram todos estes dias, vendo nossas estripulias do alto da montanha…

 

Este pequeno trecho, de menos de 200km até Swellendam rendeu paisagens de tirar o fôlego

 

E um céu inacreditável

Os pontos de parada na estrada foram outra grata surpresa e me mostrou como estamos atrasados em matéria de conforto de beira de estrada. As lanchonetes eram todas padronizadas, com delicatessen grande de produtos locais e até pão assado na hora, uma delícia! Banheiros limpos e atendimento cordial (que não fala inglês).

 

No caminho de Mossel Bay passamos pela Gouritz Bridge, que imaginava ser o maior bungee jumping do mundo, mas este é o da Bloukrans River Bridge, logo adiante no parque Tsitsikama. 

Mesmo não sendo o maior, é de arrepiar imaginar alguém pulando desta ponte de trem desativada.

 

O guarda nos contou que o brinquedo estava desativado após uma pessoa tentar se matar. 

Assim, estávamos só nós, as pontes, o guarda, o rio, o silêncio… E várias árvores de espalitar dentes (nome ofertado pelo marido para esta planta nativa muito comum).

 

Mais alguns poucos quilômetros e chegamos a Mossel Bay. O ponto de interesse é o Museu Bartolomeu Dias que conta a história da chegada dos portugueses à Africa do Sul em 1588. 

Inaugurado em 03/02/1988, 500 anos após o desembarque da Caravela original, o governo de Portugal enviou uma nova caravela, réplica com idêntica proporção à original, que fez o trajeto de Lisboa a Mossel Bay sem intercorrências  chegando com a metade do tempo que Bartolomeu Dias levou. Agora ela está aberta à visitação dentro do museu.


Claro que não foi possível esquecer o fiasco da nossa réplica da Capitânia que não conseguiu sequer fazer o trajeto – Salvador – Santa Cruz de Cabrália. Para quem não lembra, olha o acontecido aqui.


Além da caravela, não há mais muita coisa para se ver. Alguns vitrais interessantes e quadros com as rotas dos portugueses. Bom mesmo foi ficar olhando o mar e pensando na aventura de Bartolomeu Dias ao aportar por aqui.



“Portugal: com que frequência esse nome emerge nesses lugares remotos! Ver alguns dos entrepostos do império português na África e na Ásia, sentir o calor da praia desolada e a hostilidade do oceano cinzento, pensar um pouco sobre as terríveis distâncias, devorando vários meses de uma vida humana, é admirar mais uma vez o espírito desse povo, que não passava de um milhão na época de sua grandeza” V.S. Naipaul A máscara da África.
Entrada do Museu: 20 rands (R$5,00) por pessoa.

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2 Comentários

  • Responder
    Boia Paulista
    18 de julho de 2013 em 12:18

    Oi, Nivia. Tudo bem? 🙂

    Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
    Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com

    Até mais,
    Natalie – Boia

  • Responder
    Nivia Guirra Santana
    18 de julho de 2013 em 15:24

    Obrigada Natalie! Amo fazer parte da #viajosfera

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