Viagens Invisíveis

Roma – positivo ou negativo – continuação 11.02

 
O tempo em negativo não é um grande problema, mas a neve torna tudo mais difícil. O chão fica escorregadio, quando derrete vira lama e a temperatura baixa muito. O remédio foi sair do Coliseu e pegar o Metrô para a Piazza Spagna. Mas antes, uma visão nos impediu… Logo na saída do metrô vimos uma pizzaria com exemplares bem convidativos
 
 
Escolhemos a de Fuggi. Nem preciso tratar muito das diferenças, no formato (retangular), na espessura da massa (muito fina e crocrante) e na quase ausência de mussarela – ora, se é de fuggi para que a mussarela – este parece ser o pensamento dos italiano. Muito boa!!!!
 
 
E qual não foi a surpresa maior ainda, ao ir no banheiro e perceber que, do outro lado, havia um outro café, com sorvete. Fomos bravos e mesmo com o frio, provamos o de nocciola e o de tiramisú. Muito, muito, muito bom!! Vou ter que provar um de cada sabor, muito cremoso, não gorduroso, espetacular.
 
 
Ainda tomando sorvete, não parecíamos loucos, todos aqui praticam ou estão aptos a praticar esta insanidade, chegamos à Praça de Espanha. Confesso que fiquei um pouco decepcionada. Primeiro, as escadas estavam fechadas, provavelmente em virtude do gelo. E a fonte perdeu um pouco do encanto, sem as flores da escada. 
 
Ponto negativo do inverno: ausência de flores. Ponto positivo: redução considerável de turistas, em que outro momento poderia tirar uma foto assim: 
 
Talvez conseguiria se fosse proibido o turismo do Oriente para a Itália (japoneses, chineses e coreanos em especial)…. – humor politicamente incorreto. Gente, mas como tem orientais turistando por aqui!!!! E indianos trabalhando.
Ao passear na Via Condotti, estão lá as vitrines da Chanel, Prada, Gucci, Bulgari, Cartier, tentei descolar um presentinho, massss….niente. 
A neve apertou muito, então fomos de taxi para a Galeria Borghese, museu que fica no Parque Borghese, que é enorme. Mais uma vez o taxista nos roubou – já está virando lenda – não zerou o taxímetro e pegamos a corrida já com e$8,5. Como não sabia a taxa mínima, só fui me dar conta da esperteza, quando pegamos outro taxi com taxímetro inicial de e$4,00. E o pior: Assim que descemos outro casal pegou o taxi, no segundo seguinte percebemos: Galeria Borghese fechada em virtude do mau-tempo. Só não ficamos tristes, porque, ao perceber que não existiam taxis na rua, fomos caminhando ao lado do parque, apreciando um momento raro… O parque Borghese completamente branco. No centro está um boneco de neve, mas virado pro lado oposto.
 
 
Olha nós ai e somente nós (todos estavam escondidos sob suas cobertas…)
Na Via Vêneto meu tênis brasileiríssimo, arriou as malas – encheu de água gelada e os dedinhos pareciam estar prontos para uma catástrofe – momento de parar e tomar um chocolate quente. Totalmente diferente do nosso: mais cremoso e bem mais amargo. Olha a visão de dentro do café:
 
 
 
Logo na Via Veneto existia uma estação de metro, direto para a Piazza del Popolo, que estava assim:
 
 
Mocinhos, não façam como eu: se vão para a guerra, usem o equipamento adequado. Corri para a Via del Corso, onde existem várias lojas de confecção e sapatos a preços possíveis, ao contrário da Via Condotti. Pensei em comprar galochas, mas não são confortáveis e estão propensas a calos, o que seria muito pior do que pé molhado. Vi muitas italianas com botas de couro. Comprei esta bota na Geox e já sai de lá calçada, o vendedor achou uma graça. O tênis – falecido ao lado – já tem 24horas e ainda não se recuperou – obs: não adianta apenas ser bota, o solado tem que ser de borracha, mais de 5cm – o solado de couro entra água e esfria muito, minha outra bota também está na UTI.
 
 
Com os pés quentinhos, voltamos à Piazza del Popolo, onde estava acontecendo parte do Carnaval Romano. Com eventos até dia 21.02, viu Luka.
 

 

 
Estava um pouco vazio, devido a neve que, ainda que mais fraca, persistia. Fizeram uma criação visual na Porta del Popolo, de 220 a.c. Com música clássica ao fundo, um show de imagens que prendeu a atenção e logo a Praça estava cheia. Lindíssimo!! Muitas pessoas fantasiadas, outras com um chapéu de touro, do time de Rugby daqui – estava acontecendo jogo, adolescentes em grupos nas ruas.
 
 
Nos empolgamos e decidimos fazer uma “marcha madrilenha” nas enotecas próximas à Piazza del Popolo. Começamos por uma indicação do Ricardo Freire, todas sempre garantidas – Enoteca Bulcone.  
 
Estava vazia, mas assim que saímos, (às 21h mais ou menos) já estava bem cheia. Tomamos um Brunelo de Montalcino – marido – e um Barolo – eu. Os dois muito bons e repartimos uma torta de espinafre com brócolis, também gostosa e em um pratinho super apresentável. As taças de vinho variam de e$5,00 a e$12,00. Lógico que os Barolos e Brunelos são os mais caros, mas, ainda assim, valem a pena. 
 
 
Seguimos para a Enoteca Antica, mas estava muito, muito cheia. Deu para perceber que o lugar é bem cotado, entre turistas e italianos, todos petiscando e tomando vinhos, mas bem diferente da Bucone, que parece uma loja de vinhos preparada para degustações, aqui parece um bar. 
 
O marido se estressou com a falta de espaço e a diminuição do nível alcoólico no sangue e rumamos para uma portinha ainda na Via della Croce. Ambiente bem familiar, adentramos e percebemos que não tinha mais de 10 mesas
 
Perguntamos se tinha mesa e a atendente logo me respondeu, claro – com este casal, ou com este outro… Sentamos ao lado de um casal de italianos, bem sérios e achei que o marido ia desistir, rsrs. Pedimos alcachofra de entradas, adorei!! O marido não muito.   
 
 
Com o melhor vinho da casa que provamos aqui, pedimos uma pasta à carbonara – espetacular (à essa altura, o marido já não queria mais sair da mesa, o casal ao lado já puxava conversa e a fila na porta se avolumava). Durante o jantar, um casal de americanos entrou, foi convidado a compartir a mesa e desistiu, não sabia o que estava perdendo.
 
Uma batata frita com alecrim e outra erva que não conseguimos identificar.
 
Esta mesa que ela está arrumando foi a nossa, o quadro que está faltando na parede, eu derrubei…. a cadeira estava bem próxima da parede, então…. 
 
Não conseguimos encontrar a Enoteca Cavour, então voltamos para o Hotel, felizes mais uma vez.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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