Roma acordou coberta de neve, branquinha nos seus -3ºgraus. O sol da janela do quarto nos fazia acreditar que seria um explendido dia, antes de sair consultei no site a notícia do tempo e o vento frio que invadiu cada costura da roupa nos indicou a precisão da meteorologia, defitivamente estávamos em negativo.
E segura nos imperativos – a roupa térmica funciona. Pegamos uma temperatura tão forte quanto em Paris (2009) e sofremos, aqui o desconforto resume-se às extremidades: pés e mãos. Com as mãos dentro do bolso e meias de lãs melhora bastante. Seguimos pela Via d. Ripetta (ao lado da Via del Corso) e os pequenos mercados e cafeterias já estavam funcionando, em menos de 1km vimos mais de 7 mercados de queijos e embutidos, todos lindos e convidativos para uma prova. Resistimos bravamente: a pedida da manhã era o Café Sant’Eustáchio. Rapidamente, com desconto para os desvios das poças de água, blocos de neve e do piso escorregadio, chegamos ao Pantheon.
Infelizmente estava fechado, adoraria ver o túmulo de Rafael e a cúpula. Mas a imagem da praza della Rotonda com o obelisto e este monumento imenso, resistente há 1.700 anos, é inesquecível. Encontramos brasileiros no caminho, apreciamos a beleza e fomos tomar café. Cada esquina é fotogênica e cada placa de “vende-se” um convite irresistível.
O Café Sant Eustachio é bem pequeno, mas muito frequentado e com vários produtos à venda, de café em grãos, à chocolate. Os preços são salgados, mas como quem converte não se diverte* (*frase de origem filosófica repetida por minha irmã), trouxe uns chocolatinhos de gianduia e café.
E claro provei “o melhor capuccino do mundo” com um pequeno croissant de chocolate que parecia desafiá-lo.
Do Pantheon, a Piazza Navona está muito perto. O sol estava escondido, mas o tempo estava bom, com os operários limpando a neve da Piazza.Em 15min já estava lotada de turistas, estátuas vivas, crianças brincando na neve… As primeiras fotos fizemos bem tranquilos, “quase” sozinhos. A primeira Fontana del Moro di Bernin (1653) em homenagem ao deus do mar. Em frente à embaixada brasileira.
A segunda e mais impressionante: A dei Quattro Fiumi di Bernini (1651). Com quatro gigantes simbolizando os maiores rios até então conhecidos (da prata, ganges, danúbio e nilo), é cheia de simbolismo e com um belo obelisco em seu centro.
A terceira fonte, totalmente ignorada nos guias, tem um componente teatral bem interessante. A força que netuno emprega ao matar o polvo (monstro marinho) é bem potente, ao contrário da pose etéria das Nereidas.
Seguimos caminhando e um pouco mais à frente estava o monumento a Vittorio Emmanuele, ao lado tem uma igreja, com uma entrada lateral ao monumento. Subimos todas estas escadas, mas estavam fechados (o monumento e a Igreja). As escadas de mármore, com o gelo, se tornaram muito escorregadias e vimos muitos quase cairem, nós inclusive.
Pode até não ser bonito, mas é bem imponente:
A subida estava fechada, em virtude do mal tempo, estas fotos foram tiradas do lado externo. Mesmo asssim a chama ainda estava em pleno funcionamento.
Roma Antiga estava fechada também, os percalços da neve…. Mas sem querer parecer Poliana, ela fica linda vestida de branco
O coliseu, também fechado, estava logo à frente. Seguimos até o Arco de Constantino, quando a neve começou a cair novamente.