Viagens Invisíveis

Do norte ao sul de Florianópolis em um dia

Se tivesse um único dia em Florianópolis para onde iria? Beira Mar, Ponte Hercílio Luz, praias, Lagoa? Não, faria o seguinte roteiro: Ribeirão da Ilha, Pântano do Sul e Santo Antônio de Lisboa, indo do norte ao sul de Florianópolis em um dia.
 
Passear por bairros históricos, bem conservados, com vários restaurantes e atrações interessantes, com um pouco de sal e areia no meio do caminho, o Pântano do Sul.
 
Alguns dos melhores restaurantes de Florianópolis estão nestes dois antigos bairros açorianos. No Ribeirão da Ilha, além do casario bem conservado do séc. 18, ainda se pode comer ostras observando o criatório logo à frente, um programaço.
 
Nesta viagem conhecemos o Santa Figueira, restaurante bem rustico e romântico, em frente a uma doceria de doces portugueses.

Restaurante Santa Figueira, Florianópolis

 
Pegamos uma mesa na varanda, onde a vista era essa: Lado direito

Criação de ostras no Ribeirão da Ilha, Florianópolis


Lado esquerdo

Ribeirão da Ilha, Florianópolis

 

Uma enorme figueira fica praticamente dentro do restaurante e só de olhar, acalma o coração.  Já para acalmar a barriga, tínhamos outros planos.

 

Florianópolis concentra 90% da produção de ostras do Brasil, e pode vir preparada de várias maneiras: crua ou in natura, minha preferida, pois, ao contrário de quem pensa que é forte, é a com sabor mais leve e gosto de maresia. Para saber se está boa basta perceber se está brilhante e hidratada, sem odor marcante. 

Quitute de Floripa: ostras!

 

Pode vir gratinada, como estas que também provamos, pois somos muito democráticos. Para comer ostras também indico o Porto do Contrato que conheci em 2010 e, segundo os amigos locais, ainda permanece muito bom.

Ostras gratinadas (sim, é tão bom quanto parece!)

 

Nem só de ostras vive o Ribeirão, provamos uma Muquequinha Thay, que embora lembre uma moqueca, realmente é bem diferente da baiana. Estava tudo muito gostoso e o clima, ahhhhh, mais do que agradável.

Ribeirão da Ilha, Florianópolis

 

Passamos a tarde inteira assim… 

 

“Uma cena de sonolência e satisfação. Em mesas semelhantes, ao redor das grandes árvores, pessoas tão felizes quanto eles curtiam o calor. O mar a toda volta, poucos metros abaixo, sussurava, zombava e rebentava, e as vozes eram baixas e preguiçosas.” 
Doris Lessing, As avós.

 

 

De Ribeirão da Ilha é possível ir à praia de Pântano do Sul. Preciso dizer que amei o local. Achei completamente diferente de outras praias de Florianópolis. Aqui não impera o “gente bonita” ou o “rei do camarote” mas famílias, pescadores e gente comum brincando e aproveitando a praia. Acho que pode ser chamada de uma praia vintage 🙂
 

 

Deu vontade de sentar na areia e ficar observando o final da tarde. Ou pedir para bater uma bolinha com os meninos.

Nesta praia está um bar bem famoso, o Bar do Arante, se não estivéssemos tão satisfeitos (palavra educada para o momento), seria uma boa pedida, estava cheio mesmo às 16horas. 

Bar do Arante

 

Outro lugar maravilhoso para se relaxar, passear e comer é Santo Antônio de Lisboa, reduto açoriano, com casas e Igrejas do Séc. 18. Excelente à noite também, pois tem vários bons restaurantes e uma feirinha de artesanato no final de semana. 
 
Fomos no Rosso, com esta vista do lado direito:

Restaurante Rosso, Santo Antônio de Lisboa


E esta vista do lado esquerdo:

Restaurante Rosso, Santo Antônio de Lisboa

 

Provamos um despretensiosa entrada, que estava perfeita, com o pão quentinho no ponto certo. 


Ostras para não perder o costume, também muito frescas.

Ostras, Santo Antônio de Lisboa

E uma massa com mini-polvo no ponto certo. Assim, conhecemos um pouco da Itália Manezinha, nome dos pratos de massa no Rosso.

 

E voltando por Santo Antônio ainda tivemos uma bela vista da cidade de Florianópolis, pena que estava nublado… Deu até uma certa tristeza, dias nublados não combinam com Florianópolis, acho que esta não é uma característica somente dos cariocas.
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