Viagens Invisíveis

Retrospectiva 2018, as nossas viagens

Xangai, China, Retrospectiva 2018

Xangai, China, Retrospectiva 2018

2018 foi um ano e tanto! Tivemos Copa e sofremos com a eliminação, tivemos eleições e sofremos com a divisão ferrenha que veio dela. Mas também nos divertimos muito e nossa retrospectiva 2018 mostra como esse ano foi animado!

Não poderia deixar de aproveitar a Blogagem coletiva para falar das viagens incríveis que fizemos em 2018 e dar uma dica essencial de cada lugar que passamos. Teve China, Canadá, Alemanha, Hungria, Equador, Panamá e Brasil, países tão diversos e distantes e faltou pouco para uma volta ao mundo.

Percorremos 03 continentes, mais de 10 cidades e incontáveis horas de voo, carro e trem. Foi um ano inesquecível!

China – março/abril

Pequim

Começamos a conhecer a China por Pequim, compramos trechos com separados, a chegada por Pequim e a saída por Xangai e achei essa logística perfeita. Pequim é a China antiga, é a China dos imperadores, a que está no nosso imaginário de lanternas vermelhas e riquixás.

Ao mesmo tempo que a poluição não nos deixa descobrir a cor do céu e o sol está sempre meio desbotado, o vermelho emerge em cada esquina, nos mobiliários, nas decorações, nos letreiros das lojas.

A cidade é enorme, mas muito bem servida por um metrô limpo, pontual e rápido. Percorremos a cidade inteira de metrô e não precisamos pegar táxi em nenhum momento, até porque os taxistas odeiam estrangeiros, já que a maioria não sabe falar inglês.

Pequim tem atrações para mais de cinco dias inteiros, tempo que passamos. Acho que sete dias seria o ideal, para ainda assim deixar saudades.

Minha principal dica de Pequim é: Fique hospedado em um Hutong, contei mais detalhes nesse post, mas poderia passar o dia inteiro falando sobre Pequim… Nesse caso, não seria uma retrospectiva, mas um romance longo e meloso.

Suzhou

A “pequena” Suzhou de apenas 6 milhões de habitantes, foi a nossa cidade do interior da China. Tentando aliviar um pouco das imensas metrópoles Pequim (25 milhões) e Xangai (23 milhões), cumpriu a promessa de um clima mais ameno no meio da viagem.

A cidade é famosa pelos seus jardins, que são patrimônio da humanidade, mas a minha dica é: tomar um chá em uma das casas no centro antigo. O centro histórico de Suzhou é muito fofo, cheio de lojinhas, cafés e casas de chá e é tão bonitinho que parece cenográfico.

Mas é só se afastar da confusão de gente, que se vê as vielas antigas, com a vida correndo como há mil anos atrás.

Xangai

Sensual, europeia e misteriosa. Já tinha ouvido todos esses adjetivos para Xangai e a cidade cumpre todos eles. Não tem muitas atrações turísticas, se comparada a Pequim ou mesmo Suzhou, mas tem seus lugares imperdíveis.

A minha dica é: Ver o bairro de Pudong a partir da concessão francesa no por do sol.

Poucas vezes na vida senti a emoção de ver o Pudong se desnudar depois de uma escadaria. Parece que tudo foi planejado para impactar.

Embora os prédios sejam enormes, na parte baixa quase não se vê nada. Ao subir uma escadaria, de repente, todo o Pudong se desnuda e vemos o rio HuangPu ornando o centro financeiro mais lindo do mundo.

Se conseguir pegar o vôo de Xangai no final da tarde, vai ter uma experiência interessante, o sol nunca se põe. Saímos às 16h acompanhando o por do sol e quando chegamos no Canadá o sol estava novamente se pondo, foi como parar o relógio do tempo…

Canadá – abril

Montreal

Passamos uma noite e uma manhã em Montreal, ponto de parada na longa viagem de volta. Mesmo com o curto tempo, deu para conhecer a linda Basílica de Notre Dame e o Porto Velho. Foi bom para dar um gostinho de quero mais.

Minha dica para Montreal seria: é um ótimo ponto de parada para uma viagem mais longa, especialmente para a Ásia.

Alemanha – junho

Munique

Visitar a Alemanha no verão é a dica. Lancei assim logo no início pois isso vai definir o clima da viagem. Os alemães se transformam durante o verão, ficam mais abertos, mais alegres, mais receptivos.

E beber cerveja com o clima mais quente faz toda a diferença, não?

Munique é uma cidade antiga, mas cosmopolita, rica e tradicional como a Bavaria, estado de que é capital. As fábricas mais famosas da Alemanha tem sua sede lá, como a BMW, Audi, Adidas, Allianz, Siemens.

Se for em junho, reserve o dia 14 para comemorar com os bávaros o aniversário de Munique, a cidade vira uma festa. Contei mais detalhes nesse post.

Berlim

Voltamos em Berlim para ver o show de Rolling Stones e encerrar a viagem que teve como maiores atrações Munique e Budapeste.

Conhecemos a cidade em 2014 e, embora tenha gostado muito de mergulhar na sua história e sentir um pouco de sua vibração, não achamos Berlim muito acolhedora.

Ainda preciso voltar para mudar essa impressão, principalmente porque pegamos dias de chuva e frio, o que atrapalha e entristece o passeio.

Então a minha dica é para Berlim em dias de chuva e frio: Se não quiser se perder (e se deliciar) nos enormes museus da Ilha dos Museus, Pegue o ônibus Sightseeing, hop-on hop-off para ter uma noção da cidade, que tem muitos atrativos.

Ele passará pelos principais pontos turísticos, mas também por zonas pouco visitadas, como os bairros da Alemanha Oriental reconstruídos após a queda do muro de Berlim, como o Museu Judaico de Berlim, o Memorial do Muro de Berlim e algumas áreas residenciais muito bonitas.

Hungria – junho

Budapeste

Geralmente se conhece Budapeste com Praga e Viena. Nós fizemos um caminho diferente, fomos de trem noturno de Munique para Budapeste. Foi uma experiência ótima, não sei se as cervejas que tomamos no aniversário de Munique ajudaram, mas passamos uma ótima noite de sono.

Em Budapeste vou indicar um programa diferente: fazer um city tour em moto ou segways.

O marido e amigos foram de segways, eu a mais frouxa, de motinha. Saímos da Basílica de Santo Estêvão e percorremos os principais pontos turísticos de Budapeste. O parlamento, o castelo, a ilha Margit e seus jardins e fontes maravilhosas.

No primeiro dia de viagem servirá para se localizar, no último dia será uma linda despedida.

Brasil – agosto

Olinda

Todo ano já virou tradição, vamos a Recife tomar umas brejas no Garage food, no Breja Mais. O contêiner de cervejas dos nossos amigos Jayme e Nívia do blog Juntando Mochilas, é nosso endereço mais querido de Recife nos últimos anos. Justo que esteja nessa Retrospectiva 2018.

Recife e Olinda são ótimas cidades para curtir um final de semana ou feriado prolongado. Minha dica é: vá para Olinda entre setembro e novembro, quando o clima está ensolarado e os bloquinhos de carnaval já zanzam pelas ruas nos finais de semana.

Siga um deles e sinta-se um pernambucano da gema.

Equador – outubro/novembro

Quito

Guardava o desejo de conhecer o Equador há alguns anos, depois de conhecer a Colômbia, sua vizinha.

Mesmo não sendo a preferida dos brasileiros na América Latina, Quito em um currículo e tanto. Segundo centro histórico mais antigo da América, primeira cidade a a ser declarada patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1978, junto com Cracóvia.

Ainda que descortinada ao mundo em 1978, guarda profundas raízes do seu passado inca.

Indico que se deixe o Centro histórico para um domingo, quando cada canto é tomado por vendedores de comida e artesanato. A musica ecoa em cada esquina e os quiteños e seus vizinhos saem para se divertir.

Se puder assistir uma missa na Catedral de São Francisco e se espantar com a opulência de seu barroco indígena tanto melhor.

Baños

Ao ler relatos em revistas de viagem imaginava Baños como a Meca hippie do Equador.

O ar descontraído e os vendedores de artesanato haribo até nos confirmaram a fama, mas Baños não é só isso. É também uma cidade de interior, que está se desenvolvendo, com vários empreendimentos novos e interessantes, galerias de artes, hostéis boutique, cervejarias e lojas de chocolate equatoriano que contrastam com a parte mais antiga da cidade, suas piscinas coletivas de água termais e o mercado de comida bem indígena.

Então a minha sugestão é: não curta apenas a atmosfera de aventura da cidade, seus vulcões, balanços que parecem desabar no infinito e cachoeiras que desaguam em cima dos visitantes.


Passe um tempo percorrendo as cantinhos da cidade, suas praças, entre na Igreja principal, simples e bonita, compre um “puxa-puxa” de açúcar de um vendedor ambulante e converse com um local, vai ser um experiência e tanto.

Guayaquil

Passamos apenas uma noite e um dia na maior cidade do Equador – Guayaquil. Para efeitos turísticos, demos check em todos os pontos que nos interessavam, ou seja a cidade não tem muitas atrações turísticas. Não tem um centro histórico desenvolvido, o bairro de Las Peñas, o mais pitoresco da cidade, é bem curto e tem o forte como principal ponto de encontro. Mas o Malecón 2000 nos surpreendeu.

O Malecón, como em quase toda cidade de colonização espanhola, é o calçadão da orla da cidade. No caso de Guayaquil, se trata da orla do rio Guayas, que dá o nome à cidade. Acontece que a orla de Guayaquil é toda serpenteada por um enorme empreendimento que reúne jardins, shopping, restaurantes, museus, feiras de artesanatos, exposições ao ar livre, esculturas, e a minha dica de Guayaquil – o Mercado del Rio.

Vários bares, restaurantes, cafés, lojas de chocolate e doces. E muitos locais com suas famílias. Um lugar agradável tanto para o dia como à noite, e o principal em uma cidade quente como Guayaquil – tem ar condicionado!

Panamá – novembro

Cidade do Panamá

A copa Airlines tem vôos das principais cidades do nordeste, de Salvador parte um vôo direto para a Cidade do Panamá às sextas. Esse vôo nos levou ao Equador e de brinde nos deu uma janela de 10 horas na volta.

Pudemos descer, pegar um uber e dar uma volta no seu conservado Casco antiguo. O centro histórico da cidade do Panamá, além de quase inteiramente restaurado, é totalmente plano e com uma vista linda para a cidade moderna. Recentemente, muitos cafés, lojinhas de conceito e decoração se instalaram ali. Os preços são salgados, especialmente depois que se sai do Equador, onde tudo era bem mais em conta, mas vale a pena sair do aeroporto para conhecer.

Assim encerramos a nossa Retrospectiva 2018. Foi um ano movimentado, não? E que venha 2019 com muitas outras aventuras, surpresas, perrengues, leituras, taças de vinho e copos de cerveja, porque brindar à vida é obrigatório”

 

Participaram dessa blogagem coletiva os queridos blogs:

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