Viagens Invisíveis

Porto

Como só tinhamos um dia inteiro em Porto, decidimos comprar um “les car rouge” português, próximo ao hotel havia um ponto destes ônibus turísticos, em que a parte de cima é aberta. O primeiro lugar que passamos foi o Museu da Música ou Casa da Música, com um design moderno interessante.
 
Logo passamos pela praça Rotunda da Boavista, onde há o Monumento à guerra Peninsular. Representa um leão que apanha uma águia, respectivamente o povo Português e a França de Napoleão.
 
 
O ônibus faz um bom trajeto pelo centro de Porto, com a incursão em algumas ruas históricas, que permitem automóveis. Como o Porto não é uma cidade pequena e algumas atrações ficam bem distantes umas das outras é altamente recomendável o ônibus. Pagamos 10 euros à época, atualmente é 13euros, pode-se obter informações neste site . Fizemos o trecho Porto Vintage, já que desejávamos ir a Matosinhos, que fica bem distante do centro de Porto (é outra cidade), no que o ônibus seria mais do que conveniente.  
 
 
Como adoro centros históricos!! E quando limpos, organizados e conservados, ainda mais! Passamos pelo Palácio da Bolsa para ver a sala árabe, mas estava fechada para restauração, o que dá mais um motivo para retornar.
 
Percebem que a foto do blog é esta de Porto? Esta foto simboliza, para mim, as minhas viagens, em que esta estrada “sem fim” por sobre as águas sempre apresenta promessas de surpresas e emoções. E embora esta música tenha sido feita para Lisboa, bem que se aplica ao Porto, em que o Douro substitui o Tejo
 
 
Que outra cidade, levantada sobre o mar
A beira-rio acabou por se elevar
Entre dois braços de água 
Um de sal outro de nada 
Água doce água salgada 
Águas que abraçam Lisboa 
É em Lisboa que o Tejo Chega ao mar 
É em Lisboa que o mar azul recebe o rio 
É essa brisa que nos faz 
Promessas de viagem 
Brisa fresca que reclama 
Nas nossas almas ausentes 
Saudade, cidade

 

 
 
E este mar de nuvens e esta fúria e paixão.

No centro de Matosinhos fica esta instalação da artista norte-americana Janete Echelman “Anemona”

 


E não é que parece mesmo (foto deste blog), lembra também uma rede de pesca, o que convém a uma homenagem aos pescadores de Matosinhos.


Além da anêmona, do bravo mar, da orla ampla e das gaivotas, o que há em Matosinhos?
A CHALANDRA, ora pois! Talvez seja politicamente incorreto dizer isso, mas o que nos trouxe a Matosinhos foi este fantástico restaurante indicado pelo amigo de um amigo. O melhor presente gastronômico do ano de 2010 e um dos melhores de minha vida! 




Não é muito fácil de achar. Caminhamos bastante do ponto de ônibus até o local e muitos moradores sequer conheciam o restaurante. Então, o melhor é anotar o nome e colocar no google mapas. Avenida de Serpa Pinto 322, 4450-276 Matosinhos, Portugal.

Uma das recomendações deste amigo era pedir ao dono que nos servisse o que não teríamos provado, sem cardápio. E isso fizemos. Iniciamos com um vinho, Cartuxa, e Berbegão (frutos do mar de concha, como uma lambreta, mas de sabor mais suave e mais denso).






Os estranhos são as Percebas, ou, nas palavras da amiga que nos acompanhou, pata de dragão (dragões filhotes, por óbvio). Nem ruim nem gostoso, diferente.



Seguimos com uma Sapateira, realmente deliciosa e a farofa da cabeça então… um primor. Uma sapateira para quatro pessoas, para se ter ideia do tamanho do crustáceo.



Sopa de peixe espetacular.
 
Finalizamos com um suculento peixe na brasa, com perdão do clichê, de comer chorando. Talvez a excelência da Chalandra esteja neste freezer, com os mariscos sempre muito frescos e à vista, onde se pode escolher o que se vai comer.



Total da farra:  E$ 179,20 ou quase E$ 45,00 euros por pessoa, tem alguma dúvida se valeu a pena?
 
Depois do extenso almoço, de mais de 3 horas, só caminhando muito na orla de Matosinhos, com suas gaivotas a rondar 
 

E o estilo Matosinhos de se viver e uma vontade quase incontrolável de deitar na areia e deixar o tempo passar lentamente…



No final da orla de Matosinhos, pegamos um táxi para Vila Nova de Gaia para tomar o aperitivo – Vinho do Porto. Vila Nova de Gaia tem a vista mais linda da ribeira do Porto, exatamente porque está do outro lado do rio do Douro e é passeio obrigatório.





Foi nesta zona da Ribeira e na sua ligação comercial com o Rio Douro que a cidade começou o seu franco desenvolvimento e se voltou para o rio. São os ingleses que dominam o comércio de vinho do porto e as principais lojas e representantes das vinícolas estão deste lado do Douro. 
 


Começamos pela mais tradicional – Casa Ferreira. 

Também visitamos outras vinícolas, onde compramos alguns Portos, o passeio por Vila Nova reclamava mais tempo, mas o almoço/quase jantar nos deixou verdadeiramente exaustos. 

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