San Andrés é uma ilha colombiana, parte do Arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina, embora fique bem mais próximo da Nicarágua. Esta longa distância da Colômbia, 720km, até hoje gera litígio nas Cortes Internacionais.
Percebemos claramente a diferença entre a cultura de San Andrés e o restante da Colômbia que conhecemos. Embora seja notadamente caribenha, não se ouve os ritmos latinos (dominantes mesmo em Bogotá), mas sim reggae! Passamos por diversas barracas com inspiração jamaicanas e os rastafáris são presenças constantes.
Percebemos claramente a diferença entre a cultura de San Andrés e o restante da Colômbia que conhecemos. Embora seja notadamente caribenha, não se ouve os ritmos latinos (dominantes mesmo em Bogotá), mas sim reggae! Passamos por diversas barracas com inspiração jamaicanas e os rastafáris são presenças constantes.
Uma forma de conhecer a cultura e o modo de vida local é fazendo o passeio de volta a ilha, no total de 32km, a ilha inteira possui 25km².
Melhor: não chamaria propriamente de passeio, mas de alugar um carrinho de golf ou uma lambreta e sair fazendo o contorno em toda a ilha, o que pode levar um dia ou uma semana, se quiser parar em cada paisagem maravilhosa avistada. A estrada é quase sempre assim: vazia e bela, costeando o mar de várias cores.
Em alguns momentos, pode haver um engarrafamento de carrinhos de golf e talvez seja engarrafamento mais simpático de sua vida =)
Nós utilizamos os dois dias inteiros em San Andrés para dar duas voltas à ilha, partindo pelo Norte e outra vez pelo Sul e apreciamos o melhor desta ilhota fascinante.
O início do trajeto é mais desabitado, com bastante área verde, corais e um mar absurdo. Uma casinha aqui, outra ali. Descansa só de olhar.
A primeira atração está logo em frente ao Hotel Blue Cove. Não é um local muito charmoso, mas tem um restaurante e uma piscina natural que dará uma vaga ideia do que vem pela frente.
Mesmo não sendo hóspede, se pode acessar o local, usar banheiros e tomar banho, se desejar. Há um trampolim, uma escorregadeira e uma escada, tudo ao gosto do freguês. Acho que a escorregadeira ganha em disparada, não é?
No caminho podemos ver diversas mansões, mas também casas de ribeirinhos, encrustadas na mata, com uma tranquilidade impressionante.
Um dos pontos altos de San Andres é West View. Por apenas 3.000 pesos colombianos, ou seja, menos de R$5,00 de taxa de manutenção, se tem acesso a um dos pontos de mar mais lindos que já vi na vida.
Se pode mergulhar com cilindro, alugar snorkel ou, simplesmente, ficar boiando. São duas escadas, um trampolim e um tobogã que dão acesso à água. A descida é bem íngreme e alta, com uma enorme barreira de corais. Também é em West View que se pode fazer um mergulho com capacete, como se fosse um astronauta, por isso o nome Aquanautas. Com ar comprimido, se desce até seis metros de profundidade.
Com o mar, a quantidade e colorido dos peixes, achamos um desperdício ficar caminhando embaixo d’água. Fazer um pouco de snorkel, boiar, nadar e se espantar com os peixes ao redor já é garantia de diversão.
No local há estrutura, um bar, banheiros e bastante gente. O ideal é chegar cedo, pois às 11 horas, quando saímos, já vimos alguns ônibus de turistas chegando. O restaurante pareceu bem simpático e tomamos uma Club Colômbia bem ao estilo colombiano, apenas fria.
Próximo a West View está La Piscinita. Por cerca de R$3,00, se recebe uma fatia de pão para alimentar os peixes. A estrutura é menor que em West View e está mais próxima do mar. São bem parecidas, em verdade, mas La Piscinita é um pouco menor.
Daqui se pode pular diretamente das pedras.
O banho também é excelente, com uma diversidade de peixes enorme. Importante usar sapatos de mergulho, pois os corais podem machucar. No início, incomoda nadar de sapatos, mas logo se acostuma.
Bem antes de se chegar ao Hoyo Soplador, há várias placas, o que sugere ser a maior atração da ilha, mas é frustrante. Vários “guardadores/flanelhinhas” aparecem, guias lhe abordam, seria quase desconfortável, se não tivéssemos apressado o passo para ver logo este Olho Soprador. Olha ele ai:
Sim. Esta fila imensa para ver um buraco de corais, em que o mar adentra e faz a água subir, como uma explosão (nem tão grande) que parece vapor. Vale a pena entrar, olhar e sair rapidinho.
Voltando à estrada, passamos por lugares realmente paradisíacos e, embora a placa avisasse da curva, quase seguíamos em frente. 😉 A partir desta curva, região chamada de South End, temos as melhores praias de San Andres: o que significa areia branca de doer os olhos e água cristalina.
O que faz esta parte costeira ser especial é a ausência dos corais ou, quando presentes, apenas para formar piscinas. São praias praticamente desertas, ótimas para banho, inclusive de crianças pequenas. Esta é a praia de Punta Bucanera.
Quando eu digo cristalina, estou falando disso:
Óculos de Sol são fundamentais, às vezes até dentro da água.
Seguindo o mesmo ritmo, temos a praia de San Luis, com dois excelentes restaurantes, barracas de praia e lugares que dão vontade de parar e só sair quando o sol raiar (perdão pelo trocadilho). Nesta praia, também se encontra lugares propícios para esportes, como o aluguel de caiaques.
Seguindo o mesmo ritmo, temos a praia de San Luis, com dois excelentes restaurantes, barracas de praia e lugares que dão vontade de parar e só sair quando o sol raiar (perdão pelo trocadilho). Nesta praia, também se encontra lugares propícios para esportes, como o aluguel de caiaques.
Na praia de San Luis temos contato com o espírito caribenho de San Andres, percebendo o que Enrique Krauze chamou de
“A atmosfera aberta e despreocupada do Caribe, com a sua extraordinária liberalidade, sua sensualidade carnavalesca, seu culto à poesia, sua musicalidade, sua propensão às brincadeiras abusivas, magia negra e morte fácil.”
Os redentores, Enrique Krauze.
Alguém duvida que é doce morrer no mar de San Andrés?