22 Em Colômbia/ San Andrés

O que fazer em San Andrés? A volta a ilha!

San Andrés é uma ilha colombiana, parte do Arquipélago de San Andrés, Providencia e Santa Catalina, embora fique bem mais próximo da Nicarágua. Esta longa distância da Colômbia, 720km, até hoje gera litígio nas Cortes Internacionais.

Percebemos claramente a diferença entre a cultura de San Andrés e o restante da Colômbia que conhecemos. Embora seja notadamente caribenha, não se ouve os ritmos latinos (dominantes mesmo em Bogotá), mas sim reggae! Passamos por diversas barracas com inspiração jamaicanas e os rastafáris são presenças constantes. 

Playa de San Luís, San Andrés

Uma forma de conhecer a cultura e o modo de vida local é fazendo o passeio de volta a ilha, no total de 32km, a ilha inteira possui 25km².

Playa de San Luís, San Andrés

 


Melhor: não chamaria propriamente de passeio, mas de alugar um carrinho de golf ou uma lambreta e sair fazendo o contorno em toda a ilha, o que pode levar um dia ou uma semana, se quiser parar em cada paisagem maravilhosa avistada. A estrada é quase sempre assim: vazia e bela, costeando o mar de várias cores.

San Andrés


Em alguns momentos, pode haver um engarrafamento de carrinhos de golf e talvez seja  engarrafamento mais simpático de sua vida =)

Engarrafamento em San Andrés


Nós utilizamos os dois dias inteiros em San Andrés para dar duas voltas à ilha, partindo pelo Norte e outra vez pelo Sul e apreciamos o melhor desta ilhota fascinante.

San Andrés

 

O início do trajeto é mais desabitado, com bastante área verde, corais e um mar absurdo. Uma casinha aqui, outra ali. Descansa só de olhar.

San Andrés

 

A primeira atração está logo em frente ao Hotel Blue Cove. Não é um local muito charmoso, mas tem um restaurante e uma piscina natural que dará uma vaga ideia do que vem pela frente.

Hotel Blue Cove, San Andrés

 

Mesmo não sendo hóspede, se pode acessar o local, usar banheiros e tomar banho, se desejar. Há um trampolim, uma escorregadeira e uma escada, tudo ao gosto do freguês. Acho que a escorregadeira ganha em disparada, não é?

Hotel Blue Cove, San Andrés

 
No caminho podemos ver diversas mansões, mas também casas de ribeirinhos, encrustadas na mata, com uma tranquilidade impressionante.

San Andrés

 

Um dos pontos altos de San Andres é West View. Por apenas 3.000 pesos colombianos, ou seja, menos de R$5,00 de taxa de manutenção, se tem acesso a um dos pontos de mar mais lindos que já vi na vida. 

West View, San Andrés

 

Se pode mergulhar com cilindro, alugar snorkel ou, simplesmente, ficar boiando. São duas escadas, um trampolim e um tobogã que dão acesso à água. A descida é bem íngreme e alta, com uma enorme barreira de corais. Também é em West View que se pode fazer um mergulho com capacete, como se fosse um astronauta, por isso o nome Aquanautas. Com ar comprimido, se desce até seis metros de profundidade.

West View, San Andrés

 

 
Com o mar, a quantidade e colorido dos peixes, achamos um desperdício ficar caminhando embaixo d’água. Fazer um pouco de snorkel, boiar, nadar e se espantar com os peixes ao redor já é garantia de diversão.
 
No local há estrutura, um bar, banheiros e bastante gente. O ideal é chegar cedo, pois às 11 horas, quando saímos, já vimos alguns ônibus de turistas chegando. O restaurante pareceu bem simpático e tomamos uma Club Colômbia bem ao estilo colombiano, apenas fria.

West View, San Andrés

 

Próximo a West View está La Piscinita. Por cerca de R$3,00, se recebe uma fatia de pão para alimentar os peixes. A estrutura é menor que em West View e está mais próxima do mar. São bem parecidas, em verdade, mas La Piscinita é um pouco menor.

La piscinita, San Andrés

La piscinita, San Andrés


Daqui se pode pular diretamente das pedras.

 
O banho também é excelente, com uma diversidade de peixes enorme. Importante usar sapatos de mergulho, pois os corais podem machucar. No início, incomoda nadar de sapatos, mas logo se acostuma.

La piscinita, San Andrés

 

Bem antes de se chegar ao Hoyo Soplador, há várias placas, o que sugere ser a maior atração da ilha, mas é frustrante. Vários “guardadores/flanelhinhas” aparecem, guias lhe abordam, seria quase desconfortável, se não tivéssemos apressado o passo para ver logo este Olho Soprador. Olha ele ai:

Hoyo Soplador, San Andrés

 

Sim. Esta fila imensa para ver um buraco de corais, em que o mar adentra e faz a água subir, como uma explosão (nem tão grande) que parece vapor. Vale a pena entrar, olhar e sair rapidinho.

Hoyo Soplador, San Andrés

 

Voltando à estrada, passamos por lugares realmente paradisíacos e, embora a placa avisasse da curva, quase seguíamos em frente. 😉 A partir desta curva, região chamada de South End, temos as melhores praias de San Andres: o que significa areia branca de doer os olhos e água cristalina.

South End, San Andrés

 

O que faz esta parte costeira ser especial é a ausência dos corais ou, quando presentes, apenas para formar piscinas. São praias praticamente desertas, ótimas para banho, inclusive de crianças pequenas. Esta é a praia de Punta Bucanera.

Punta Bucanera, San Andrés

 

Quando eu digo cristalina, estou falando disso:

Punta Bucanera, San Andrés

Óculos de Sol são fundamentais, às vezes até dentro da água. 

Seguindo o mesmo ritmo, temos a praia de San Luis, com dois excelentes restaurantes, barracas de praia e lugares que dão vontade de parar e só sair quando o sol raiar (perdão pelo trocadilho). Nesta praia, também se encontra lugares propícios para esportes, como o aluguel de caiaques.

San Luis, San Andrés

 
Na praia de San Luis temos contato com o espírito caribenho de San Andres, percebendo o que Enrique Krauze chamou de 
 
“A atmosfera aberta e despreocupada do Caribe, com a sua extraordinária liberalidade, sua sensualidade carnavalesca, seu culto à poesia, sua musicalidade, sua propensão às brincadeiras abusivas, magia negra e morte fácil.”
 Os redentores, Enrique Krauze.

San Luis, San Andrés

Alguém duvida que é doce morrer no mar de San Andrés?

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22 Comentários

  • Responder
    Cyntia Campos
    16 de fevereiro de 2014 em 05:03

    Nossa, vc está me convencendo a ir a San Andrés, Nivia!

  • Responder
    Nivia Guirra Santana
    16 de fevereiro de 2014 em 12:24

    O objetivo era esse mesmo Cyntia, rsrsrs!

  • Responder
    Boia Paulista
    6 de março de 2014 em 14:01

    Oi, Nivia. Tudo bem? 🙂

    Seu post foi selecionado para a #Viajosfera, do Viaje na Viagem.
    Dá uma olhada em http://www.viajenaviagem.com

    Até mais,
    Natalie – Boia

  • Responder
    Nivia Guirra Santana
    6 de março de 2014 em 14:37

    Obrigada Natalie – Adoro!!

  • Responder
    Fernanda Ribeiro
    9 de março de 2014 em 02:55

    Oi Nívia, tudo bem?
    Adorei sua visão de San Andrés, estou indo em agosto e já estou bastante ansiosa, gostaria de ma informação sua, eu li em alguns outros sites e inclusive aqui, dizendo para comprar sapatos de mergulho e também snorkel, sabe me dizer se lá vende e se é muito caro? Ah outra coisa, sabe me dizer também se lá vende aquelas bolsas estanques para máquina digital? Se conseguir tirar essas dúvidas, muito obrigada!

    • Responder
      Nivia Guirra Santana
      9 de março de 2014 em 23:25

      Olá Fernanda! Sapatos de mergulho são bem fáceis e essenciais! Logo no primeiro dia, no centro, em lojas de roupa de praia ou de esportes, vai encontrar. Custam de 10 mil a 120 mil pesos, dependendo da marca e qualidade. Já a caixa estanque eu não vi em lugar nenhum. Na verdade, as lojas de material fotográfico são poucas e pequenas. Eu comprei uma Panasonic a prova d’água para fazer algumas fotos e ficaram bem legais. Comprei na Loja Riviera, a principal de produtos eletrônicos de San Andrés. E boa viagem a San Andrés!

  • Responder
    A história de nós dois - Tati e Bruno
    9 de março de 2014 em 22:08

    Uau, que perfeito! Como funciona esse passeio que dá volta na Ilha, falo de custo, tempo, agências, etc. Obrigada!

    • Responder
      Nivia Guirra Santana
      9 de março de 2014 em 23:31

      Que bom que gostaram Tati e Bruno. O passeio da volta a ilha pode ser feito por conta própria (nossa escolha), jardineiras ou ônibus de agências de turismo. Como é uma única estrada, não há o menor risco de se perder, o que nos fez optar por alugar um carrinho de golf e dar a volta à ilha duas vezes em dois dias. Há vários pontos de aluguel de carrinhos e/ou motos (tipo vespa). No máximo, eles pedem uma carteira de motorista, o pagamento é antecipado e devolve no final do dia no mesmo lugar. Fica em torno de 70mil a 90mil pesos a diária e eu recomendo muito, pois vc tem a liberdade de parar dos vários lugares interessantes, que as excursões não param. O lugar onde alugamos mais barato foi na rua atrás do hotel Casablanca por 70mil (cerca de R$85,00) e nem pediram carteira de motorista.

  • Responder
    Nivia Guirra Santana
    9 de março de 2014 em 23:29

    Este comentário foi removido pelo autor.

  • Responder
    Leonardo Alves
    15 de julho de 2014 em 17:33

    Nivia adorei o post, estou indo para San Andrés em Agosto #ansioso rs. Tenho algumas dúvidas sobre Cambio (Troca de Dinheiro), não sei o que seria mais vantajoso… Pensei nas seguintes opções. Levar em espécie e trocar lá, levar em Dollar ou simplesmente sacar nos caixas eletrônicos via cartão de débito… Como foi neste quesito para você? O que é mais vantajoso… Poderia me dar umas dicas???
    Ahhh e só mais uma perguntinha… Você fez o passeio a Caio Bolivar??? Vi muitas referencias boas de lá rs. Muito Obrigado!
    Abs,

  • Responder
    Nivia Guirra Santana
    15 de julho de 2014 em 17:43

    Leonardo, eu utilizei todas as espécies, rsrsr. Levei dollar e troquei lá, levei cartão de débito e cartão de crédito. O cambio é ruim em todas as opções. A vantagem de se levar dollar é poder procurar um cambio melhor, mas, ao mesmo tempo, é muito chato ficar fazendo pesquisa de cambio em cambio com um mar desses lá fora! Não tive dificuldade em sacar dinheiro em Cartagena e Bogotá, mas em San Andrés não lembro de ter visto caixa eletrônico. Se houver, é só no centro da ilha, com certeza na volta à ilha não existe. Em San Andrés utilizei o dinheiro que levei após fazer cambio em Bogotá e o cartão de crédito/débito em lojas do centro da Ilha. Não pude fazer o passeio a Cayo Bolivar pois o mar estava muito agitado nos dois dias que ficamos por lá. Abraços

    • Responder
      Leonardo Alves
      15 de julho de 2014 em 18:12

      Legal Nivia, é que eu vi vários posts que dá para sacar no aeroporto e é vantajoso, porém por precaução vou levar real em espécie tbm para trocar caso necessário. Em Dollar eu já to desistindo, porque acho que vou perder muito em duas conversões. E como vou do Panamá para lá, acredito que só vou conseguir trocar em San Andrés mesmo… Cotei no Banco Safra para trocar aqui no Brasil, eles me venderia 1,00 por 639,000 COP, não achei nada vantajoso.

      Segundo a Flavia (http://www.mochileiros.com/san-andres-4-dias-marco-2014-t94595.html)

      Banco Itau
      Valor saque COP 600.000,00
      Valor saque R$ 718,00
      Valor IOF R$ 45,81
      Tarifa saque internacional R$ 9,00
      Total transação R$ 772,81

      Banco Santander
      Valor saque COP 600.000,00
      Valor saque R$ 693,78
      Valor IOF R$ 44,26
      Tarifa saque internacional R$ 20,00
      Total transação R$ 758,04

      Acho que vou optar pelo débito rs.
      O que vc acha?

      Muito Obrigado pelas dicas.

  • Responder
    Nivia Guirra Santana
    15 de julho de 2014 em 19:28

    Não tenho os valores exatos do cambio que fiz lá, mas certamente são melhores do que fazer aqui. O débito é uma ótima opção e ainda lhe poupa tempo de procurar câmbios. Boa viagem!!!

    • Responder
      Leonardo Alves
      15 de julho de 2014 em 19:30

      Blz. Nivia… Muito Obrigado, suas dicas foram muito uteis! Depois conto detalhes da minha experiência huhuu o/
      Abs,

  • Responder
    Nivia Guirra Santana
    15 de julho de 2014 em 19:32

    Conte mesmo! Estarei no aguardo!!

  • Responder
    Maria Teresa Prearo Camara
    31 de julho de 2014 em 00:47

    qual é esse cartao de debito que vcs se referem? Aqueles cash travel ou money travel? ou o cartao de debito mesmo da conta em bancos no brasil?
    Outra duvida…alguem ja viu vender a Go Pro Hero 3+ black edition?
    Obrigada…

    • Responder
      Nivia Guirra Santana
      31 de julho de 2014 em 01:09

      Maria Teresa, eu utilizei o Travel Money da Visa, porém é possível sacar com o cartão de débito do banco mesmo. Quando carreguei o cartão, ainda não havia a cobrança de 6% para o cartão pré-pago, por isso utilizei este. Hoje só utilizo o crédito ou débito do próprio banco, não utilizo mais o pré-pago. Abs.

  • Responder
    Rodrigo Siqueira
    6 de dezembro de 2015 em 18:11

    Olá!
    Primeiramente parabéns pelo relato é pelo blog como um todo! Me senti muito aliviado e ver que algumas suspeitas são verdade, como por exemplo o olho hoyo soplador com filas e o engarrafamento de carrinhos de golf, ninguém fala nessa parte “triste” hahahahahaha
    Bom, tenho 3 dúvidas, preparada? Rsrs

    1- Sou filmmaker e apesar de estar indo de férias com a patroa, estarei com pelo menos 5 câmeras. Vi nas suas fotos que as pessoas costumam deixar as bolsas/mochilas na areia, você achou seguro? Não queria ficar neurótico e não curtir preocupado com o que está na bolsa, viu lockers? Como funciona essa parte?

    2- Existem “macetes” que a gente vai aprendendo a medida que vamos viajando, um paralelo são os parques da Disney que todo mundo começa em sentido horário, e se você pegar no sentido anti-horário, consegue pegar menos filas e curtir um pouco mais. Tenho visto muitos relatos de pessoas partindo do centro, e indo no sentido anti-horário, pensei em fazer o contrário, começando sentido sul. Vi que você fez os dois, conseguiu tirar proveito disso e pegar as praias com menos gente ou não fez diferença!?

    3- Para fechar com chave de ouro, a mais difícil, hahahaha também passarei por Bogotá e Cartagena, dos três, qual lugar você achou melhor para fazer compras ($) !?

    Abraços e desculpa por tantas perguntas!

    • Responder
      viagensinvisiveis
      8 de dezembro de 2015 em 13:18

      Olá Rodrigo, que bom que gostou. Em relação a segurança, não vi nada que pudesse me chamar atenção. As pessoas frequentavam as praias e deixavam as coisas na areia, sem maiores preocupações. Fui orientada pelo locador do carrinho de golf a não deixar coisas de valor à mostra dentro do carrinho, o que é sensato. Nos principais pontos, como west view e Acuario, tem lockers, olha a foto aqui https://www.viagensinvisiveis.com.br/2014/02/a-volta-ilha-de-san-andres-parte-ii.html Eu gostei mais do roteiro pelo sul, não pegamos trânsito com o carrinho de golf e ao chegar em west view no final da tarde estava vazio – o contrário da manhã que estava lotado. Então, recomendo sim ir pelo Sul. Em relação ao quesito compras, não sou a pessoa mais indicada, pois não comprei quase nada. O que posso dizer vai das características de cada cidade: Cartagena é altamente turística, então os preços tendem a ser mais inflacionados. Já Bogotá tem um estilo mais cosmopolita, com preços para todos os bolsos, de shoppings com grifes internacionais a um comércio de rua bem bagunçado. San Andrés é a melhor opção para compra de importados, já que é Duty Free. Só fica de olho para não comprar importado da China, pois tem algumas coisas bem estranhas por lá, rsrs. Ótima viagem!

  • Responder
    Alexandra
    6 de outubro de 2016 em 07:21

    Adorei o post. Com certeza me ajudará bastante. Bjos

  • Responder
    Bayahibe, uma alternativa rústica a Punta Cana - Viagens Invisíveis
    9 de outubro de 2018 em 21:34

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