O Kuzuko Lodge é um hotel de Safári que faz parte do Addo Elephant Park. Dentro do parque Addo, livre da malária, ainda existem outras opções de hotéis 5 estrelas, como o River Bend e o Gorah Elephant Camp, bem como alojamentos mais simples no acampamento.
O Kuzuko Lodge é a possibilidade de ter os confortos de um hotel, sem o preço dos 5 estrelas. Logo na reserva tivemos alguns problemas, pois houve overbooking no hotel. Recebi um e-mail alguns dias depois e tivemos que alterar as datas de chegada e saída. Em virtude deste incômodo, o hotel não nos cobrou a tarifa do segundo dia, o que foi muito honesto da parte deles.
O Kuzuko fica literalmente imerso na savana, com os chalés espalhados pela área abundante, mas protegidos por cerca, para evitar que animais maiores adentrem o local. O que parece uma bobagem, vi não ser, já que, no último Safári, havia uma zebra na porta do hotel! Se não houvesse a cerca, era capaz de ir beber água na piscina. 🙂
Uma piscina bem bonita, diga-se (que não provamos pelo tempo fechado) e sala de convivência agradável com lareira e revistas sobre a vida natural da África do Sul.
São servidas 3 (três) refeições, o café da manhã, o almoço e o jantar. À exceção do almoço, que mais parece um lanche, tudo foi bem satisfatório. Lanches e outros pratos também podem ser oferecidos, mas com pagamento à parte. No jantar, levamos nosso vinho e não pagamos taxa de rolha, sendo o jantar e o café bem gosto e servido. Tudo correto, mas sem luxo.
O mais interessante do hotel foi a vista do nosso chalé.
Em uma tarde, descansando e apreciando a vista, percebemos uma movimentação a mais na savana, quando colocamos o zoom na câmera (por isso binóculos são essenciais) olha o que vimos:
Zebras, zebras e mais zebras.
“Tendo o feitio de uma mula grande, não é mula porque pare filhos e possui pelagem muito singular e distinta da de todos os outros bichos, uma vez que da linha do espinhaço até o ventre apresenta listras de três cores, negra, branca e fulva escura, que se juntam em listras, largas ao redor de cada grupo de três, e, ao mesmo modo se apresentam o pescoço, a cabeça e as crinas, que não são grandes, as orelhas e as pernas, em tudo a se alternarem estas cores, que infalivelmente começa com o branco, seguindo-se do negro e em terceiro lugar o fulvo, e de novo se começando com o branco e terminando com o fulvo, mantendo sempre a mesma regra.” Duarte Lopes e Filippo Pigafetta, in Imagens da África de Alberto da Costa e Silva.
Para quem imaginava que as zebras tinham pelagem branca e preta, somente, muito nos impressionou as tonalidades de marrom claro e escuro, entre as listras pretas.
Claro que tiramos dezenas de fotos e ficamos um longo tempo observando como elas interagem com outros antílopes e seus filhotes.
Momento muito especial, já que as zebras são geralmente muito assustadas e ariscas – até então não tinha conseguido tirar nenhuma foto exatamente por isso.
Conhecer a África: o risco é abrir a janela e dar de cara com zebras!