Viagens Invisíveis

Europa – Portugal e Espanha – Lisboa

Aproveito os últimos dias de férias (já meio quebradas) para postar a viagem de Portugal e Espanha no Carnaval de 2010.
 
Compramos as passagens de última hora para acompanhar um casal de amigos que fariam o seguinte roteiro – Lisboa – Porto- Santiago de Compostela – Madrid e Barcelona. Saímos dia 06/02 e retornamos dia 17/02. Um pouco apertado, mas como ficaríamos apenas uma noite em Lisboa (já tinhamos conhecido em 2009), até que deu para uma panorâmica viagem.
 
Chegamos em Lisboa pela Air Europa em um vôo lotado, SSA-MADRID, e passamos pela tão temida e comentada imigração espanhola. Realmente é bem diferente da portuguesa, que no ano anterior se limitou a perguntar nossas profissões, o objetivo da viagem e que pontos turísticos íamos conhecer (nem acreditei quando terminou). Em Madrid a entrada é bem diferente, pediram para ver os vouchers dos hotéis, cartão de crédito, perguntaram quanto tinhamos de dinheiro e quiseram ver a passagem de volta, tudo com aquele ar de arrogância e desconfiança, mas deu tudo certo.
 
Fizemos o vôo doméstico de Madrid para Lisboa em uma pequeniníssima aeronave que pendia de um lado para o outro e foi a 1 hora mais aterrorizante que já passei no ar. Só de lembrar já me questiono se volto novamente à Europa novamente por Madrid. Chegamos à tarde em lisboa e o hotel era bem agradável, sem muito luxo, mas confortável, limpo e com quarto relativamente grande: Sana Hotel. Reservamos pelo site do hotel mesmo.
 
 
Banho e Chiado!! O hotel também fica bem localizado, mas não como o Tivoli Jardins(recomendadíssimo o melhor hotel que já ficamos na Europa). Fica na Av. Fontes Pereira de Melo, a 10 minutos do aeroporto e à pé mesmo descemos a Av. Liberdade, recheada de lojas de grife como a Louis Vuitton e Hugo Boss. Uma descida muito agradável até chegar à Praça de Rossio. Em frente à praça, do lado direito há um bar em que todos os garçons que nos atenderam eram brasileiros, tomamos um chop e ouvimos as mais diversas histórias de quem saiu do Brasil para tentar a sorte em Lisboa – todos queriam voltar.
 
Próximo a esta pegamos um bonde e descemos no bairro do Chiado, centro histórico de Lisboa.
 
O centro histórico de Lisboa tem uma beleza muito sentimental, porque nos permite o reconhecimento. É como olhar um espelho em que estamos sempre jovens, bonitos e arrumados, porém, ao mesmo tempo, lembramos que não estamos na Bahia, e a imagem que vemos não é o nosso rosto, já desgastado, sujo e mal cuidado. Lisboa nos lembra como poderíamos ser melhores, diferentes… As calçadas estreitas, mas limpas e com suas pedrinhas devidamente no lugar; casarões antigos, mas em perfeita ordem e conservação.
 
Assim é Lisboa
 
 
E como profetiza Pedro Ayres “Vejo o manto branco do seu casario e vejo as mil velas dos barcos no rio(…) Vejo esta cidade parada no tempo deve ser saudade a vista que invento”
 
 
Se não tivessemos marcado de comer em um famoso fado, teríamos certamente jantado aqui
 
 
Mas fomos ao excelente Casa de Linhares instalada nas fundações da Casa dos Condes de Linhares, o que resta de um edifício renascentista que ruiu em um terremoto de 1755, a sala apresenta toda a estrutura da época de construção: abóbadas em barrete de clérigo, com um pé-direito de sete metros, construídas em tijolo burro e suportadas por colunas de pedra, onde sobressai uma lareira de grandes dimensões. Luís Vaz de Camões, um primo afastado, viveu nesta casa por um período de sua vida  (dados do site).
 
Frio na barriga de pensar que nós também vivemos aqui um período de nossas vidas (cerca de 03 horas).
 
 
 
Como as luzes são bem reduzidas quando das apresentações, não consegui tirar uma foto inteira do local, então vai a foto do site:
 
Mas a foto nada fica a dever do que os olhos viram, é assim mesmo e ainda mais inebriante à luz de velas e do som de lindos fados.
 
 
Mas nem só de deleite contemplativo vivemos e a comida também fez jus ao ambiente.
Polvo (tão perfeito que dava até medo que se mexesse)
 
 
Lombo de Bacalhau
 
 
Bacalhau a gomes de Sá.
 

 

 
Não quis gerar a discórdia, mas o meu lombo de bacalhau foi o vencedor. Sem medo do pecado da gula, fomos a pé ao restaurante Be you para a Sobremesa, não era assim perto (cerca de 1,8km), mas devido às condições de “empanzinamento generalizado”* (*barriga cheia), foi excelente.
 
 
Detalhe da parede do restaurante. Excelente noite, amanhã – carro para Sintra.
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