Israel é conhecido por suas cidades antigas, pelo clima praiano e liberal de Tel Aviv e também por não ser barato. Neste post dicas para economizar em Israel, especialmente em Jerusalém e Tel Aviv.
Em todas as viagens encontramos uma maneira de economizar, pensando sempre em não deixar de conhecer o que mais nos interessa em uma viagem: os lugares, a gastronomia e os costumes.
Então não se trata de economizar para voltar com o dinheiro e sim de tornar a viagem o mais eficiente possível, aproveitando tudo sem voltar no vermelho Para economizar em Israel seguimos essas dicas:
Aproveitar o Happy Hour e restaurantes tradicionais mais baratos
Economizar em Israel: Comer e beber em Jerusalém
O happy hour é a salvação da lavoura para quem não abre mão da cerveja durante a viagem a Israel. De segunda a quinta, das 16h as 20h vários bares e restaurantes oferecem descontos em chope e drinks, com até 50% de desconto.
Em um país em que encontramos cerveja de até R$56,00, o custo pode ser bem pesado para quem gosta de chá de cevada. As cervejas mais baratas que tomamos em Israel custaram R$26,00 no Rimon Café fora do Happy Hour.
O café Rimon foi um lugar que adoramos. É um restaurante kosher, ou seja, as comidas são produzidas segundo a lei religiosa judaica. Mas acredite, isso não muda em nada o paladar! Tudo que comemos lá achamos delicioso. E tem muitas opções vegetarianas, o que é comum em Israel com muita comida de influência árabe, como hummus, falafel…
O Rimon Café também tem opções internacionais, para quem não aguenta mais hummus e faláfel (eu poderia comer para o resto da vida).
Esse restaurante foi o melhor custo benefício da viagem, para quem quer localização, um lugar bacana e preços aceitáveis. Conhecemos duas unidades, a primeira na rua Ben Yehuda, uma das mais animadas de Jerusalém.
A Ben Yehuda é uma rua de pedestres paralela à Jaffa Street e dificilmente conhecerá a cidade sem passar por ela. Provamos um chope escuro de 1l por R$40,00 e bruschetas enormes por R$32,00.
A outra filial está no lindo e obrigatório Shopping Mamila, bem em frente ao Jaffa Gate.
O clima é de café charmoso que poderia estar em qualquer cidade da Europa, uma vista linda e bom atendimento.
O Shopping Mamilla é uma atração em si, levou 37 anos para ser construído e hoje é o shopping preferido dos moradores abonados de Jerusalém. Todo aberto, integrado com exposições de arte, cafés, sorveterias de encher os olhos e até uma H. Stern, joalheria brasileira.
Importante dizer que ele fecha no Shabat, ou seja, das 18h de sexta até as 18h de sábado nenhuma loja ou café está aberto. Nesse dia estávamos caminhando pelo Mamilla, quando as arcadas abertas do shopping servem de passagem para os judeus que vão às Sinagogas da região. Ver a diversidade de vertentes, traduzidas pelas roupas e acessórios foi muito interessante. E grátis!
Outra opção de restaurante bem em conta e com comida tradicional deliciosa foi o Lina Restaurant dentro da cidade histórica de Jerusalém.
Muito simples, poucas mesas, não vende bebidas alcoólicas, nem carne. Apenas pratos típicos, muito bem feitos e saborosos. Nem os carnívoros da família reclamaram.
Quando chegou a conta, alegria geral! Tudo custou menos de R$20,00 por pessoa. Os pratos ficam em torno de R$10,00 a R$15,00. E isso no meio do centro histórico, próximo à via dolorosa.
Também aproveitamos o happy hour do Mike’s Place em plena rua Jaffa em Jerusalém, onde tomamos chope pela metade do preço; 🙂
Rimon Café: Ben Yehuda St 4 e Mamilla Mall, Jerusalém.
Lina Restaurant: Al Khanka Street , Old City, Jerusalém
Mike’s Place: Jaffa St 33, Jerusalém
Economizar em Israel: Comer e beber em Tel Aviv
Tel Aviv é mais difícil de encontrar barganhas. A cidade me lembrou o Rio de Janeiro, particularmente Leblon ou Ipanema, com seu clima praiano, ambientes trendy e preços salgados.
Não conseguimos tomar cerveja por menos de R$25,00, mas encontramos uma boa opção de comida sem entregar o rim ao dono do restaurante: o Old Man and the Sea. O restaurante tem uma localização maravilhosa: no Porto de Jaffa, aos pés do centro histórico de Tel Aviv.
O segredo é comer o menu de saladas, são 23 tipos. Sem limite e muito bem servido, o buffet é servido na mesa e pode-se comer à vontade por R$55,00 por pessoa.
Tudo estava maravilhoso! O falafel, o pão recém saído do forno, as verduras grelhadas, enfim… Se quiser pedir uma proteína fica em torno de R$120,00. Vem um litro de limonada incluído e ao final, chá de menta e docinhos, também na conta.
Tudo isso na melhor localização para caminhar e ver locais passeando. Adoramos!
Conhecer o fast food local em Jerusalém
Vamos comer Subway para economizar em Israel? Não!!!!! Nem pensar! Só faríamos isso em uma situação de pobreza e necessidade absoluta.
Mas vou indicar um fast food que amei em Jerusalém. É vegetariano, é delicioso, é cheio e super cotado entre os locais – Jahnun Bar. Funciona no estilo da rede subway de sanduíches, mas são enroladinhos com pão pita simplesmente maravilhosos!
Ao lado há uma pizzaria e uma hamburgueria, então há comida rápida para todos os gostos, mas se eu puder exercer alguma influência sobre sua fome digo: Prove o Jahnun, não vai se arrepender. Um desses fica em torno de R$20,00.
Jahnun Bar: Hillel St 28, Jerusalem, Israel
Economizar em Israel: Atrações gratuitas em Jerusalém
Caminhar, caminhar e caminhar
A maior parte das atrações culturais de Jerusalém são gratuitas e estão dentro dos muros de quase 500 anos. Percorremos a cidade antiga em 3 dias. O primeiro dedicamos à Via Dolorosa e Igreja do Santo sepulcro. O Blog Inda Vou Lá mostrou um roteiro de um dia em Jerusalém, com várias atrações gratuitas.
O segundo dia à Citadela (que é paga) e ao Muro das Lamentações, que é gratuito. Apenas no Shabat não é permitido fotos do Muro das Lamentações, mas é quando se tem a maior quantidade de judeus. Nos outros dias não há tanta fiscalização de fotos e vestuário.
Não conseguimos ir ao jardim da Al-Aqsa, a grande mesquita é que o grande cartão postal de Jerusalém. A Al-Aqsa é exclusiva aos islamitas, mas é possível visitar os jardins, que abre às quintas.
No terceiro dia, fomos ao monte das Oliveiras, onde estão alguns lugares gratuitos (gruta de Maria, a Basílica da Agonia e Igreja de Russa da Ascensão, com suas cúpulas douradas, que só abre às terças e quintas).
Passear pela cidade antiga é gratuito. Ente as portas de Jaffa e Damasco está a placa I love Jerusalém (I <3 JLM), novamente cheio de turistas.
Memorial do Holocausto
O memorial do holocausto é fora da cidade, mas recomendo muito a visita. São vários prédios, que mostram os horrores do holocausto durante a 2ª Guerra Mundial, em formato muito interessante.
O prédio principal, piramidal, foi desenhado pelo arquiteto Moshe Safdie e construído pela doação de pessoas do mundo inteiro. Há placas em todo memorial agradecendo aos doadores.
O museu é composto de várias salas, que contam em ordem cronológica os primeiros atos do governo nazista que levaram à morte de 6 milhões de judeus.
São videos, documentos, roupas, objetos e até um colar de esmeraldas, que ficou anos embaixo de um piso de cozinha, após a família ser levada a um campo de concentração. Quando o dono da casa voltou, sozinho de Auschwitz, encontrou o colar.
Sua mulher e filhos, morreram lá.
Saímos com um sentimento de pesar, mas ao mesmo tempo encantados com a beleza do lugar. Para quem tiver mais tempo, vale conhecer a cidade de Ein Kerem, que fica a poucos minutos dali.
Não há ingresso, apenas o mapa custa U$3,00.
Economizar em Israel: Atrações gratuitas em Tel Aviv
A grande atração de Tel Aviv é a vida ao ar livre. Tel Aviv é aquele tipo de cidade modelo: é boa para os turistas porque é ótima para os seus moradores.
Todos os dias, pessoas caminhando, andando de bicicleta, patinetes elétricos. A caminho da praia ou voltando de lá. Uma cidade que aparentemente convive muito bem com a diversidade sexual, parecem que as pessoas vivem suas próprias vidas e isso é ótimo!
Chegamos no dia da parada LGBTQ, que acontece em junho, e encontramos bandeiras do arco-iris em praticamente todos os estabelecimentos comerciais.
Só esse clima já seria motivo para conhecer Tel Aviv, mas ha um preço e Tel Aviv cobra.
Uma maneira de economizar é passear pelo bairro de Jaffa, um dos portos mais antigos do mundo. Comer docinhos em uma das suas padarias, um pouco mais afastadas da zona turística e pagar um pouco, continua caro, mas um pouco menos.
Ou fazer como os locais e passar o dia na praia, fumando maconha, caminhando na orla ou vendo o por do sol. O show da natureza não cobra ingresso.
Hospedagem em um apartamento
Jerusalém e Tel Aviv tem uma boa oferta de apartamentos. Alugamos um excelente apartamento de 3 quartos em Tel aviv, pertinho do centro histórico, da praia, do bairro de Jaffa e da rua mais animada da cidade.
Em Jerusalém ficamos ao lado da rua Jaffa, uma das principais, com seu bondinho elétrico e com os fundos para uma rua super lindinha. Ao lado de bares animados, a 500 metros da antiga Jerusalém. Dois apartamentos com excelente localização.
Dá pra fazer um suco no apartamento, porque comprar pronto custa o olho da cara
Os dois apartamentos alugamos no Booking. Em Tel Aviv o apartamento se chamava Check In Jerusalem e gostei bastante, porque parece uma pousada, com recepção e tudo. Em Tel Aviv, era um apartamento de três quartos novíssimo, acho que fomos os primeiros hospedes, de nome Luxury 3BR apartment with balcony & parking North Yaffa
A diária do apartamento não foi barata, saiu por R$459,00 a diária em Jerusalém e R$ 488,00 em Tel Aviv para o casal.
A economia está em fazer algumas refeições ou lanches no apartamento. E não estou falando do velho miojo, mas comida típica vendida nos supermercados, padarias locais com doces árabes de fazer qualquer dieta ir pro espaço.
O apartamento também permite lavar roupa sem custo e, caso o dinheiro rareie, fazer uma refeição por dia e fugir dos restaurantes.
Transporte público para o aeroporto em Jerusalém
Taxi é muito caro em toda Israel. Não houve um trecho em que pagamos pouco. Os aplicativos de uber são vinculados ao taxi, não o tornando mais barato.
No aeroporto Ben Gurion pegamos taxis pre fixados na saída do desembarque. Há inclusive uma maquina que diz o valor da tarifa de acordo com o número de passageiros e bagagem.
Na volta, chamamos um uber e veio um táxi com mesma tarifa. O valor cerca de R$ 20 mais barato por não cobrar pelas bagagens. O aplicativo para taxi é o Gett, mesmo que chame o uber, chegará um táxi e cobrará pelo taximetro, sendo a diferença descontada no cartão.
E para piorar o aeroporto Ben Gurion fica longe de Tel Aviv e ainda mais de Jerusalém. A minha dica de economia é utilizar transporte público. Outra dica que a Renata do blog Inda vou lá chamou atenção é evitar chegar e sair durante o Shabat, porque o transporte público é muito reduzido, sendo algumas linhas interrompidas.
Pegamos o ônibus, que parece um ônibus intermunicipal do Brasil, com bagageiro, wi-fi e cadeiras confortáveis. Custou R$16,00 e para em poucos pontos, levando 1h30min do centro de Jerusalém até o aeroporto. O taxi do aeroporto para Tel Aviv custou R$240,00 (e Jerusalém é mais distante).
O caro que vale a pena
Museu de Israel
Um dos museus mais completos que já visitei na vida!
Os R$ 55,00 do ingresso compensam demais. O mapa orienta primeiro fazer a parte externa, contudo, de grande interesse lá está o Santuário do livro e algumas instalações contemporâneas.
No santuário do livro estão reproduções dos “manuscritos do mar morto”, considerados os textos bíblicos mais antigos já encontrados.
Mas as salas internas, ah, as salas internas são um espanto!
Há de pintores modernos a artefatos egípcios. 6 sinagogas inteiramente transferidas de várias partes do mundo. Cômodos que nos faz duvidar de onde estamos.
As minhas preferidas foram a de arte israelense e a de pintura moderna. Ver um Hooper em frente a um Modliani não acontece todo dia. O nosso suado real foi muito bem gasto em uma manhã inteira no Museu de Israel.
As pegadinhas que não valem a pena e levam nosso dinheirinho
Capela em cima do Monte das Oliveiras
No topo do monte das oliveiras há três atrações pagas: duas valem a pena e uma não. A que não vale a pena mesmo custando R$5,00 é a Capela da Ascensão. Isto porque é apenas uma ruína, sem qualquer guia ou alguém que possa nos esclarecer sobre o significado dela.
O oposto das tumbas do profeta, onde se paga os mesmos R$5,00, mas há uma explicação e um guia que até se oferece para tirar fotos. Embora há dúvidas se aquelas catacumbas sejam mesmo de Ageu, Malaquias e Zacarias, os profetas judeus.
A outra atração paga é a Igreja do Pai-Nosso que compensa pelo pai nosso em mais de 100 idiomas, que cobrem as paredes e o lindo jardim de oliveiras ao fundo.
Restaurantes trendy
Tanto Jerusalém como Tel Aviv possuem restaurantes elegantes com uma pegada moderna. O mais próximo do que hoje chamamos de “trendy”. Se aqui no Brasil o preço deles já assusta, imagina em Israel. É impossível economizar em Israel comendo em lugares assim.
Só como exemplo, jantamos no ZUNI, onde uma carne, que nem estava muito boa, segundo o marido, custou R$ 140,00. Apenas o prato, sem gorjeta ou bebida. Deu até calafrio ao ver o cardápio. Olhando o prato, dói no bolso.
Ou mesmo nos restaurantes da rua Yo’el Moshe Salomon com música ao vivo. É bem possível conhecer, ouvir a música, mas todos os restaurantes da praça nos pareceram bem caros.
A solução foi comer uma pizza e aproveitar o momento. Afinal, não é todo dia em que estamos ouvindo música em um dos lugares mais antigos do mundo.
Viajar com mala de bordo também nos faz economizar na viagem, nesse post fiz um check list definitivo para viajar leve, mesmo em uma viagem longa.
Na Rússia economizamos passeando de metrô, que são verdadeiros museus. Confere aqui.
4 Comentários
Renata Marques
13 de agosto de 2019 em 18:31Excelentes dicas! Só queria ter lido antes da viagem…
Sem dúvidas a comida mais barata é pitta com humus rs
E pra economizar também não pode querer ir ou voltar do aeroporto ou entre cidades no shabbat… paguei uma pequena fortuna por que dois voos meus foram nesse dia… 🙁
viagensinvisiveis
13 de agosto de 2019 em 19:53Gente, nem tinha pensado nisso. No Shabat até o transporte público fica um caos. Vou até incluir no post essa informação 🙁
Por que conhecer Belém na Palestina? - Viagens Invisíveis
25 de setembro de 2019 em 14:43[…] Também quer conhecer Belém na Palestina ou está de viagem por Israel. Temos outros posts aqui. […]
Um dia em Belém na Palestina - Viagens Invisíveis
24 de dezembro de 2019 em 20:54[…] Pedimos para o motorista parar ao lado do portão de Jaffa, era mais perto do que o portão de damasco e fica em frente ao Shopping Mamilla, um dos lugares que gostamos muito em Jerusalém. […]