Viagens Invisíveis

De Cidade do Cabo a Stellenbosh: como se deslocar entre vinhedos – Rota dos Vinhos da África- Parte 01

Uma coisa que percebemos na Cidade do Cabo, e que se repetiu por todas as outras cidades que visitamos na África do Sul, é que o transporte público é caótico. Entenda-se por transporte público não apenas o transporte de massa, mas também táxi, transfers e até carro para aluguel são em número insuficiente à demanda. A ideia inicial de alugar um carro acabou por não se concretizar, por diversos motivos, os principais: receio de dirigir em mão inglesa e programação repleta de intenções alcoólicas.
 
Para ir da Cidade do Cabo a Franschhoek, optamos por um transfer, excelente alternativa se considerarmos que estávamos em um grupo relativamente grande (06 pessoas) de um apreço extraordinário por vinhos. 
A escolha pela hospedagem em Franschooek se deu por estar exatamente entre Stellenbosch e Paarl. Na ida, passaríamos pelas vinícolas de Stellenbosch e no terceiro dia iríamos a Paarl. 
Na estrada principal, antes de chegar em Stellenbosch, já encontramos a vinícola Asara, um verdadeiro complexo com hotel cinco estrelas em um enorme terreno. Este lago fica dentro da propriedade… 
 
A wine tasting também não deixa a desejar.


Os vinhos são degustados em frente às barricas, guardadas por este belo e gigante lustre de cristal. Em alguns eventos eles colocam uma mesa neste corredor, para apreciação dos vinhos sentindo o aroma da madeira, mas imagino que deva ser gelado.


Provamos dois brancos e três tintos, valendo a compra do Bell Tower Estate, um blend ao estilo Bordeaux, por cerca de R$42,00 a garrafa. Com a compra de duas garrafas, uma degustação foi presenteada, costume por aqui. Também não faria muita diferença, já que a prova de três vinhos custa apenas R$7,00. E descobrimos depois que esta seria a casa mais cara. Inacreditável, não?


Da Asara seguimos para Stellenbosh, com um centro em estilo holandês e muito conservado, agradável de se caminhar.


Me pareceu uma típica cidade de  interior, muitas pessoas na rua, um comércio animado e carros estacionado com os vidros abertos, o que denota a segurança do local.



A segunda parada era a Vrede en Lust, onde iriamos almoçar.  
Ficamos um pouco decepcionados com o restaurante, o atendimento precário, mesas desarrumadas e um ar de abandono. Uma delicatessen linda de produtos locais ao lado, mas o restaurante em si deixando muito a desejar, especialmente para nós que gostaríamos de fazer um almoço harmonizado com os vinhos. Mas a fome imperou e ficamos…
 
Tábua de queijos gostosa e comida agradável, mas nada excepcional!


Este carneiro estava tão apimentado que o marido quase não consegue comer.



Os outros pratos estavam bons.


Os vinhos eram superiores à comida. Provamos o Boet Erasmus, um blend maravilhoso (R$35,00), um Salvignon Blanc não muito bom e um Syrah de qualidade infinitamente superior ao preço (R$22,00). Claro que levamos umas garrafinhas para casa! 


Ao adentrar no espaço de degustação, percebemos uma total discrepância com o restaurante. Uma casa linda e elegante, com sofás de couro espalhados, objetos de decoração e espaços para descanso em frente a uma linda vista.


Talvez sejam administrações diferentes… Recomendo muito o passeio à Vrede en Lust, mas para almoçar existem melhores opções.
 
A caminho de Franschhoek ainda havia tempo para mais uma vinícola: Anthonij Rupert e Franschhoek Motor Museum. 
 
Anthonij era um dos filhos de Anton Rupert, milionário Sul Africano, e responsável pela vinícola L’Ormarins, quando faleceu em um acidente de carro. Hoje a vinícola abriga a wine tasting e um museu de carros antigos, Franschhoek Motor Museum.


A wine tasting é toda decorada com objetos antigos relacionados com o mundo automobilístico.


Ao comprar uma garrafa não pagamos a degustação de 05 vinhos. Os melhores que provamos foram o Optima, 2009 (R$29,00) e o Altima Salvignon Blanc, 2012 (R$22,00).
Depois da maratona de vinhos, só deitando nesta grama para ver o magnífico céu azul…

Outros, saíram para caminhar com a vista sensacional.



Esta região da África do Sul é realmente singular.

De qualquer forma, ninguém ficaria na wine tasting, pois o coitadinho do atendente estava com um cheiro de uma semana atrás, um horror!!! rsrsrs
Ao chegar em Franschhoek, demos de cara com o pôr do sol, o que me fez sentir imensa felicidade por estar com amigos queridos, poder conhecer outro continente ou apenas por ter tomado umas a mais…
 


Transfer que utilizamos e indicamos:
Mark Hendrikz – mark@cape-comfort.co.za 083 212 0356/021 975 5311

 

Sair da versão mobile