Estivemos na ilhota de Culebra como uma esticada de San Juan de Porto Rico em abril de 2015.
A escolha de Porto Rico não foi muito nobre, já que este país nunca esteve na minha budget list. Digamos que foi uma escolha prática, a American Airlines estava com um ótimo preço pelo trecho SSA-MIA-PR. Só R$450,00 a mais para passar por Porto Rico, ida de volta.
Depois de ver o preço, começamos a nos animar com a promessa de ver o segundo centro histórico mais antigo das Américas (San Juan perde apenas para Santo Domingo em data da descoberta). Zapeando nos poucos blogs em português que falam sobre o país percebi que talvez houvesse uma joia escondida em Porto Rico, uma praia que foi eleita diversas vezes como uma das 10 mais bonitas do mundo.
Olha o tripadvisor aqui com as 25 mais bonitas praias e Playa Flamenco com o ostentoso 8º lugar.
Encontrei as primeiras e muito úteis informações nos blogs You Must to Go, Viagem em Pauta e Uma Malla pelo Mundo.
Vou compartilhar com vocês as primeiras dicas práticas sobre esta ilhota:
Como chegar?
Só existem duas maneiras de se chegar em Culebra (exceto se você for um milionário com seu próprio iate ou jatinho), pegando o ferry em Vieques ou em um pequeno avião monomotor.
O ferry-boat é a opção mais econômica, mas como é a mais demorada, logo não se mostrou viável para nós que tínhamos pouco tempo na ilha. Para ir de ferry, o primeiro passo seria alugar um carro para ir de San Juan a Fajardo, rodar 01 hora e meia e lá procurar um estacionamento para deixar o carro. Outra opção é ir a Fajardo de ônibus, em um trajeto de 03 horas. O Ferry tem poucos horários, sai para Culebra apenas às 9:00, 15:00 ou 19:00pm, com cerca de 1 hora e meia de barco até chegar à ilha. Em compensação é baratíssimo, cerca de U$2,50 cada trecho, mas às vezes lota e a preferência é sempre dos locais.
Ou seja, perderíamos, no mínimo, um turno para ir e outro para voltar e só tínhamos dois dias disponíveis para conhecer Culebra.
A opção acima é excelente se a sua viagem for longa e, principalmente, se a ilha de Vieques e a cidade de Fajardo estiverem nos seus planos. Se eu tivesse 15 dias em San Juan, meus planos seria alugar o carro, passar um dia inteiro na Floresta de El Yunque, chegar em Fajardo à noite. Ficar em Fajardo dois dias, conhecer as Islas Palominos, fazer snorkel nos seus famosos corais e depois embarcar para Vieques, onde ficaria mais 3 dias, terminando com outros 2 em Culebra (sem contar o tempo de ir e vir). Quem sabe na próxima?
De avião: Nós fomos em um monomotor da Flamenco Airlines. Existem três empresas que voam até Culebra: Flamenco Airlines, Cape Air e Vieques Airlines. Os vôos duram apenas 35 minutos e custam em média U$72,00 o trecho por pessoa.Acompanhei os preços por mais de 01 mês e não vi nenhuma promoção nas três companhias aéreas.
Sim, é caríssimo!Agora a pergunta principal: E vale a pena? Digo que sim, vale a pena! Primeiro porque é praticamente um vôo panorâmico. Sai do aeroporto central de San Juan (perto do centro histórico) e não do internacional, sobrevoa as duas fortalezas do centro histórico, com uma visão total da cidade. Depois adentramos no verdadeiro mar do Caribe e suas diversas ilhotas inabitadas.
Quanto você pagaria por um voo panorâmico de helicóptero? Pensando assim dói menos no bolso, rsrs.
Como me deslocar do aeroporto ao hotel?
Esqueça táxi! Não tinha nenhum no aeroporto e ficamos lá mais de 01 hora, sem sombra deste serviço. Se sua pousada for próxima do aeroporto dá para ir à pé ou combinar com o proprietário o transfer. A nossa era um pouco distante, então resolvemos alugar um carrinho de golfe, no próprio aeroporto. Já tinha pesquisado o preço na internet e foi o mesmo do aeroporto, alugamos na Carlos Jeep Rental por U$25,00 o dia.
Também tinha a opção de jipes grandes e um pouco mais caros. A diferença era de pouco mais de U$15,00. Preferimos o carrinho de golfe pois, além de ser mais econômico, não teríamos problema em estacionar. Além do mais, quem teria pressa em Culebra?
Dicas muito importantes:
1. Culebra não tem barraca de praia. O mais próximo disso é uma praça de alimentação na Playa Flamenco, mas que fica bem distante e só entrega a cerveja em copo (é proibido entrar com vidro). Calce a sandália da humildade, deixe a vergonha de lado e se organize para a farofa. 🙂
2. Leve uma sacola térmica para Culebra. Não pense em comprar uma lá, talvez não encontre. Fomos em todos os mercadinhos da ilha, isto mesmo TODOS, além de lojas de material de construção e até de souvenirs em busca de uma “nevera” – isopor. Resultado: nada.
3. Veja se seu hotel disponibiliza equipamento de snorkel. A Casa Resaca, onde ficamos hospedados, deixava vários na entrada disponíveis para os hóspedes. Os equipamentos, mesmo mais simples, são caros em Culebra, mais de U$25,00. Talvez melhor levar de casa.
4. Cerveja não é vendida em supermercado. Compramos esta Índia achando que era alcoólica até descobrir que era um refrigerante de rapadura. Isto mesmo, a coisa mais doce e enjoativa que já provei na vida, ganha até para o refrigerante Jesus do Maranhão.
Se quiser tomar uma Heineken gelada, vá até um restaurante ou a uma loja de conveniência em um posto de gasolina. Ah, só existe um posto de gasolina em Culebra, a Dakiti Gas Station e todos sabem onde fica. Bom passar lá, abastecer a sacola térmica com bebidinhas e comidinhas e rumo à praia.
5. E não menos importante: A única praia com estrutura é a Playa Flamenco, então se precisar ir ao banheiro…