Comecei a viajar leve há 4 anos, quando fomos para o Salar de Uyuni e precisávamos de pouca bagagem para um voo em aeronave pequena. A partir dai não despachei mais. Quando várias companhias aéreas (principalmente as mais baratas) passaram a cobrar para despachar a bagagem, então reafirmei minhas convicções.
Se você chegou até aqui, provavelmente o bichinho da economia de bagagem já te picou, ou ao menos anda falando no seu ouvido para tentar viajar mais leve.
É mais seguro, a bagagem fica sempre ao seu alcance.
Evita danos à mala, ao não passar pelos temíveis funcionários do aeroporto que jogam nossas maletinhas preciosas como se fossem saco de farinha.
Se a bagagem quebrar, dá para carregar.
Cabe em qualquer taxi ou uber ao chegar ao destino, cabe até no colo (com algum desconforto se for rígida, é verdade).
Com isso, não precisa pagar por um carro maior pela quantidade de bagagem.
Dá menos trabalho para escolher que roupa usar, já que temos poucas opções 😂.
Ao menos uma vez por ano podemos exercitar o desapego, nos livrar de tudo que é supérfluo e perceber que, na verdade, precisamos de muito pouco para viver, muito menos do que possuímos.
Chamo de supérfluos os sapatos de salto, mais de um casaco para o frio, mais de três lenços, mais de três calças, mais de um tipo de sapato (dá pra levar um tênis e uma bota, por exemplo, mas não duas botas e dois tênis). Os seus supérfluos poderão ser outros, mas de algo precisará se desapegar. Vai com fé que dá certo!
Fiz um check list para ajudar. Assim, além de não esquecer nenhum item, ainda pode limitar o número de roupas para quem nunca fez isso.
A primeira dica é escolher roupas que combinem entre si, como shorts estampados com blusas lisas. Uma peça deve combinar com pelo menos outras 2, de forma a termos 3 conjuntos que podem conversar entre si em 9 dias 😱.
Troque o substantivo “short” por calça e teremos 9 dias de inverno. Se o inverno for muito frio, basta incluir os acessórios de frio, com parcimônia.
Um sapato calçado, um na mala, uma sandália ou sapatilha (que sirva para noite e dia) e pronto. Calçados suficientes para uma viagem de 15 dias. Coloco os sapatos dentro das sacolinhas de cami que ganhamos das lojas.
Os líquidos precisam ser inferiores a 100ml e nada de aerosóis. Também isso não é difícil.
Eu me considero a louca das miniaturas, não raro levo as do hotel se tiverem uma boa embalagem. E ao longo do tempo fui adaptando e já tenho as minhas favoritas.
De rosca que não vazam e todos pequenos. Tenho perfumes que uso só pra viajar, compro com a maior validade possível e uso com o cuidado. Se não tiver viagem à vista, uso normalmente.
Nécessaires sempre transparentes para não ter que abrir nas imigrações mais severas, como em Amsterdã e EUA. A minha última veio de uma embalagem de cueca e é ótima! 🙂
Por falar em cueca, o único item que não economizo é na roupa íntima. Porque repetir blusa a gente aguenta, mas calcinha é dose. Levo o número de dias, mas escolho as mais finas, que façam menos volume.
Uma roupa de banho e um chapéu e pronto! Malas arrumadas e prontas pra ficar ao nosso lado durante toda viagem.
Em outro post explico o que levo na mochila de viagem, que também é leve (os itens já estão no check list).
A mala a ser levada é um ponto importante. Afinal, não adianta economizar nas roupas e comprar uma mala pesada ou maior do que o aceito pelas companhias aéreas.
Fiz um post só sobre mala de bordo, onde ajudo a escolher de acordo com o tamanho, peso e os modelos disponíveis no mercado.
Há pessoas que preferem mochila, mas não posso carregar peso em virtude de problemas de coluna, além do mais acho desnecessário – se posso arrastar por que vou carregar? Com uma mala de rodinhas P e uma mochila com os itens essenciais para levar à mão, só falta embarcar e conhecer esse fascinante planeta. É só começar!
O check list definitivo