Foz do Iguaçu nos impressionou. Não imaginava encontrar uma cidade multicultural, com uma população árabe presente e influente, nem mesmo um comércio tão desenvolvido. No primeiro dia, à tarde, depois de visitar Itaipú, decidimos fazer o city tour e foi a melhor escolha. Visitamos lugares distantes uns dos outros e impossíveis de fazer a pé.
E queríamos muito conhecer o Templo Budista e a Mesquita, exatamente o foco do city tour.
A Loumar Turismo nos pegou no horário combinado no nosso hotel e fomos com um guia super engraçado para três pontos turísticos: O marco das três Fronteiras, o Templo Budista e a Mesquita. Uma pena que fomos semanas antes da inauguração deste bonitão ai de baixo, que só vimos de passagem… Hoje já é possível fazer este mesmo city tour em um ônibus hop on hop off.
O passeio inicia no Marco das Três Fronteiras, bem distante do centro de Foz. Achamos o local um pouco descuidado e vale mais pela simbologia de se estar em um ponto que une dos três países, a tríplice fronteira nas águas dos rios. É interessante poder avistar o Paraguai e a Argentina logo ali ao lado.
As previsões futuras são boas, neste ano a Cataratas S/A, empresa que já administra o Parque Nacional do Iguaçu, será a responsável pela revitalização do Marco. Esperamos voltar ver algo realmente atrativo, equivalente à importância do local.
O lado argentino estava em obras e parece que vai ser inaugurado um grande hotel nas imediações.
Já o lado paraguaio pareceu bem bonitinho, ao menos a grama estava bem cuidada.
A próxima atração já me empolgava. Afinal, nunca tinha visitado um templo budista antes e as fotos que tinha visto eram espetaculares. O Templo Chen Tien não deixa nada a desejar ao que minha imaginação pensava de um tempo budista. Muito verde, muita paz, muitas estátuas imensas (ok, minha imaginação não chegava a tanto…).
O templo budista Chen Tien foi criado pela Ordem Budista Internacional em 1996, a entrada é gratuita e funciona das 9:30 às 17h, com a prática aos domingos das 9:30 às 11:30 (precisa ser feita a inscrição antecipadamente, maiores informações no e-mail ordembudista0619@gmail.com ou pelo telefone (45) 3524-5566.
Entre todas as esculturas, o que mais me impressionou no templo foram as 108 estátuas alinhadas em direção ao por do sol, todas se posicionando com os dedinhos iguais aos budas para nós copiarmos em 3, 2, 1 (claro que tirei uma também!). Estes budas foram produzidos aqui no Brasil, são os Budas Amitabha.
O Buda Maitreya, (também chamado de Ta-pao Mi-La-Fô, Mi Lâ Pu Sah um verdadeiro exercício de trava língua) está logo na entrada e é considerado o grande buda da fortuna e da boa sorte. Ao lado dele está o saco da riqueza e ele será o sucessor de buda. Isto mesmo: será! Estima-se que este buda deve nascer em 2025.
O Buda Shakyamuni está na posição de meditação deitada, quando liberta o corpo e atinge o Nirvana.
O Buda Shakyamuni, com estrutura em bronze, fica ao final da procissão dos budas amarelos, mede 10 metros e foi trazido desmontado. Esta é a maior escultura de Buda da América do Sul.A visita é gratuita e só requer respeito e silêncio. Até os trabalhadores pareciam estar no clima da meditação, todo trabalho realizado com calma e precisão.Na entrada do templo, há uma loja de souvenirs com coisas bonitas e em bom preço. Também tem água mineral e algumas guloseimas. O templo também tem várias publicações que são fornecidas gratuitamente, inclusive um pequeno livro sobre meditação, que estou lendo e gostando bastante.
Seguimos para a Mesquita, provando que talvez seja mesmo verdade que Foz do Iguaçu concentre mais de 80 etnias.
Assim que chegamos em Foz do Iguaçu vimos mulheres com burcas e lenços cobrindo a cabeça, imagem que não é muito comum no nordeste e totalmente estranha na Bahia. A maioria da comunidade árabe, especialmente libanesa, imigrou para Foz na década de 20 e hoje a cidade conta com cerca de 5,6mil habitantes islâmicos.Para entrar na Mesquita, apenas em horário administrativo, quando não estão sendo realizadas as celebrações. As mulheres devem cobrir a cabeça e todos devem vestir calças (para as mulheres se permite vestidos ou saias longas). Para quem esqueceu o véu, é possível pegar um emprestado, logo à esquerda, próximo ao minarete. Funciona de 2ª a 6ª das 9:30/11:30 e das 14h/17:30.
O city tour foi ótimo, mas a grande dica foi da queridona Poliana. Tinha lido no Comendo Chucrute e Salsicha, que em frente à mesquita estava a doceria Almarana, especialista em doces árabes.
Esta pequena porta não revela as delícias que estão aí dentro.
A atendente mal falava português e este rapaz que nos atendeu só se comunicava com ela em árabe. Só digo uma coisa: provem os folhados! Levamos três bandejas e à noite não restava nem uma farofinha de pistache. 🙂
Fizemos este passeio a convite da Loumar Turismo e ele reflete exatamente nossas experiências. O city tour custa R$60,00 por pessoa e sai da Avenida Brasil, 92, às 09h e 14h com duração de 3horas.
Quer ler mais sobre nossa viagem à Foz do Iguaçu? Leia aqui
**Viagem realizada a convite do 10º Festival de Turismo das Cataratas – FIT Cataratas
2 Comentários
Marisa
23 de setembro de 2015 em 19:09Muito da hora esse website. (comentário editado, links retirados)
Parque das aves, para se maravilhar - Viagens Invisíveis
29 de setembro de 2015 em 13:50[…] Quer ver mais sobre nossa viagem para Foz do Iguaçu? Clique aqui e aqui […]