Ainda na Rota Jardim, Plettenberg Bay é conhecida como a cidade praiana dos mais ricos. Não fomos conferir a praia, pois o tempo continuava impossível, mas percebemos que, além de condomínios com campos de golfe, Plettenberg Bay tem vários parques que permitem uma interação com a diversa fauna africana.
Escolhemos o Elephant Sanctuary, onde é possível caminhar com os elefantes, alimentá-los, e tocar seu couro crespo.
O ponto alto do passeio, sem dúvidas, é caminhar com o elefante segurando a sua mão. Aquele animal imenso, aparentemente dócil, mas selvagem, cheira a sua mão e a aperta para que você o guie pelo caminho. Emocionante!
“Isto porque a do elefante é como um lábio grosso e duro, que ele torce, alonga e encurta, encolhendo como quer”. Alvise de Cadamosto in Imagens da África, Alberto C. Silva.
Esta definição da tromba do elefante é perfeita! Faltou falar que, além de um lábio grosso e duro, ainda é úmido e ao segurar a mão fica fungando, como para sentir o cheiro de quem está à sua frente.
Os elefantes que estão aqui sofreram problemas de adaptação em alguns parques, como o Addo ou Kruger, ou foram recuperados de circos e outras atividades ilegais.
O local então serve como centro de reabilitação, sendo que alguns elefantes são totalmente selvagens, como estes dois que só pudemos ver ao longe.
Outro atrativo é montar no elefante, mas este não me impressionou, já que faz apenas uma volta em um campo e o valor era consideravelmente maior, quase o dobro do ingresso comum.
Ao final, pudemos alimentá-los e assim eles se despediram, como verdadeiros cavalheiros.
“O elefante africano é um animal verdadeiramente respeitável. Ao vê-lo, grave e silencioso, arrastando a sua enorme massa por meio das florestas, tromba recurvada, orelhas em movimento alternado de descanso e de atenção, sempre cauteloso, suspendendo ao menor ruído para escutar ou prevenir o bando, fugindo à menor suspeita de perigo, para derruir em seu caminho quanto lhe sirva de obstáculo, nenhum viajante deixa de impressionar-se. Tal quadrúpede é um exagero que não parece pertencer ao nosso século, e nada conforme o crescimento da atual vegetação, pois amesquinha o arvoredo em redor, quando aparece entre ele”
Henry Morton Stanley in Imagens da África, de Alberto Costa e Silva.
The Elephant Sanctuary – Animal Alley, The Crags, N2. 1h30min de encontro com elefantes – cerca de R$100,00.
Outras opções de locais que me parecem ter a mesma proposta:
* Knysna Elephant Park – ainda mais próximo de Knysna e mais barato.
* Tenikwa – centro de felinos. Ficamos loucos para visitar, mas a chuva não deu uma trégua sequer. Ainda em Plettensberg Bay.
3 Comentários
Fernanda Scafi
20 de janeiro de 2015 em 02:27Eu tb estive aí!!! Que aflição segurar na tromba!!! rs
Nivia Guirra
20 de janeiro de 2015 em 17:58Nem fala, é macio e áspero ao mesmo tempo! Mas curti demais este passeio!
Parque das aves, para se maravilhar - Viagens Invisíveis
29 de setembro de 2015 em 13:49[…] inquietação aqui no blog. Tive questionamentos quando visitei o Oceanário das Ilhas Rosário, o santuário de elefantes em Plenttenberg Bay na África do Sul ou mesmo quando fizemos safári no Kuzuko Lodge também na […]